domingo, abril 30, 2006
sábado, abril 29, 2006
Manuel Monteiro Em São João Da Madeira

Manuel Monteiro participa amanhã, sábado, em S. João da Madeira, pelas 17h.30m, numa conferência sobre o projecto de nova Constituição da NovaDemocracia. A iniciativa é da responsabilidade do Círculo Eleitoral de Aveiro. À noite, realiza-se um jantar com militantes do distrito de Aveiro. |
A sede da NovaDemocracia em S. João da Madeira é na Rua Roberto Ivens. |
sexta-feira, abril 28, 2006
Oportuníssimo
Remar Contra A Maré
A este propósito temos ouvido lautamente teorizar sobre a natureza jurídica dos contratos, sobre a natureza institucional dos compromissos e até sobre teorias da conspiração que envolveriam o Presidente da Federação Portuguesa de Remo, pessoa de Coimbra, supostamente mais interessado na construção de outra pista que não a de Rio de Novo do Príncipe.
Élio Maia precipitou uma reacção do Governo PS, que certamente já antevia, anunciando a construção da pista, no sentido de provocar uma clarificação do Governo. Conseguiu. Mas a pior possível. Agora anda a negociar, sem qualquer garantia de sucesso, até porque o ambiente financeiro do país não está para grandes extras.
Curiosamente existe em Aveiro uma situação simétrica. O Beira-Mar, que brilhantemente acaba de reconquistar o seu lugar na Superliga, reclama da Câmara de Aveiro o pagamento, em devido tempo protocolado, de uma verba de 800.000 euros, relativa ao negócio global do novo Estádio, construído para o Euro 2004.
O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro diz que não tem dinheiro para pagar. Engraçado. Então agora não há palavra dada? Então agora os contratos não são para cumprir? Então agora as instituições não estão vinculadas aos seus compromissos independentemente das pessoas que em cada momento, por força da decisão eleitoral legítima, são eleitas para servir essas mesmas instituições?
Quando o Governo socialista diz que não tem dinheiro para pagar é falta à palavra. E quando é a Câmara Municipal de Aveiro que o faz? O que será? Curiosamente, ou talvez não, não se têm visto tão abundantes teorias sobre a natureza dos contratos a propósito desta situação.
Talvez exista uma lição a tirar destes imbróglios. É que a política portuguesa padece de um gravíssimo vício. O vício das grandezas, que todos estamos duramente a pagar. Assinar papéis, chamar os jornalistas e fazer sessões de propaganda, é fácil. No Governo e nas autarquias. Pagar é que são elas. É que como diz o povo, casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
quinta-feira, abril 27, 2006
terça-feira, abril 25, 2006
Afinal Também Há Auditoria
segunda-feira, abril 24, 2006
Mais Um Ingresso
domingo, abril 23, 2006
A Debandada Parlamentar Aveirense (VII)
Prosa de O Jumento
sexta-feira, abril 21, 2006
Para Uma Sociologia Do Baldismo Parlamentar
Tudo isto aplica-se a toda a gente, menos aos deputados. As reacções à lamentável sessão de absentismo parlamentar da Páscoa permitiram perceber o nível de alguns desses deputados e evidenciar as razões pelas quais o Parlamento em especial e os políticos em geral estão mal vistos pela opinião pública.
Vejamos quatro exemplos, aliás, democráticos porque provenientes de vários partidos.
Para Alberto Martins, do PS, a questão resolve-se assim: marca-se falta aos deputados que faltarem só no momento das votações. Ou seja: um deputado pode não pôr os pés no Parlamento o dia todo, tem é que estar quando chegar a hora mágica das votações. Durante o dia pode sua excelência jardinar à vontade, que é perfeitamente dispensável. Para dar lustro à cadeira na altura de contar os soldadinhos é que tem de estar no sítio.
Para Marques Guedes, do PSD, a questão é significativamente mais simples: é obrigação da maioria parlamentar do momento assegurar o quórum. Aí está. Os deputados da oposição podem baldar-se à vontade. Os da maioria é que não. O que poderá futuramente levar à perversa consequência de os candidatos a deputados dos vários partidos fazerem de tudo para perder a eleição para se livrarem desta maçada burocrática de ter de se deslocar uma vez por semana ao Plenário para votar durante uns minutos os diplomas da semana. O que é bom é ser da oposição.
Para Guilherme Silva, também do PSD, o problema é que não houve coragem para fechar o Parlamento na Semana Santa. Lobrigo aqui uma piscadela de olho eleitoral à Igreja, mas não consigo evitar perceber uma concepção relapsa do mandato parlamentar. Olha se o princípio pegasse… Se as empresas com elevada taxa de absentismo fechassem, fechava-se o país e pronto. A coisa tornava-se simples e estava resolvida. De acordo com esta doutrina eminentemente insular do funcionamento das instituições está encontrada a solução para os males da Nação. Para os evitar, fecha-se a Nação!
Para Paulo Portas, o problema é mais refinado. O erro foi antecipar o dia das votações de quinta-feira para quarta-feira, porque isso foi um convite à ponte. Que desilusão, esta análise. De um génio espera-se sempre mais. Primeiro, não se tratou de ponte mas de fim de semana alargado. Uma minudência que a cultura popular decerto perdoará. Segundo: então os deputados não são gente responsável? O deputado Portas não resiste a um diazinho de preguiça parlamentar? Antecipam-lhe as votações e a tentação da gazeta torna-se-lhe irresistível? Não terão os políticos de dar o exemplo? Ah, gloriosos tempos de um certo semanário, em que um Comissário-Mor de Fiscalização dos Políticos enchia páginas e páginas denunciando fraquezas políticas destas e doutras, disso fazendo assunto de Estado…
A verdade, caros leitores, tem que se dizer: os deputados revelaram falta de sentido de responsabilidade e falta de respeito pelo país. É que não há lei por melhor que seja, que substitua o sentido da responsabilidade que não se tem.
quinta-feira, abril 20, 2006
Hoje Em Aveiro
quarta-feira, abril 19, 2006
A Carta A Jaime Gama

Manuel Monteiro decidiu escrever uma carta a Jaime Gama com algumas sugestões sobre as justificações das faltas dos deputados:
"Exigir a comprovação documental das justificações a apresentar pelos deputados relativamente às respectivas faltas, como sucede com todos os cidadãos nas respectivas actividades profissionais; alterar em consequência o Estatuto dos Deputados no sentido de aditar ao artigo 8º um novo número, prevendo que “as justificações das faltas previstas no nº 2 será feita pelos meios de prova admissíveis em Direito; esta necessidade revela-se particularmente pertinente no que diz respeito à justificação das faltas relativas a “trabalho político”; não repugna que um líder partidário que seja deputado tenha as suas faltas justificadas por “trabalho político”, o qual, de resto, é normalmente público e notório. Mas essa justificação é muitas vezes dada para simples absentismo parlamentar injustificado."
Na mouche.
terça-feira, abril 18, 2006
Ainda Não Perceberam Que Quanto Mais Falam Mais Se Enterram...
A Vergonha Continua
segunda-feira, abril 17, 2006
Ílhavo

Hoje é feriado municipal em Ílhavo. Certamente não por acaso, Ribau Esteves dá uma entrevista ao Diário de Aveiro. Independentemente das críticas que a sua gestão merece, designadamente ao nível do aumento da despesa, embora sem atingir os níveis socialistas de Aveiro, percebe-se a diferença que existe neste momento entre as autarquias de Aveiro e de Ílhavo.
"Não sou uma pessoa de consenso", reconhece. Já tínhamos percebido. E ainda bem. O consenso significa normalmente um pantâno de águas paradas. Ou de mera gestão de interesses instalados.
domingo, abril 16, 2006
Contra A Normalidade
Ora bem: eu, que defendo o presidencialismo que Cavaco recusa, faço lembrar, com a devida licença, três coisas: 1ª A indiferença é a maior inimiga da mudança. Viver à margem da vergonha é legitimá-la pelo silêncio. Não. 2ª Não será Cavaco que vai resolver o desprestígio do regime. Ele é co-autor e dos mais brilhantes do regime que o João lamenta desprestigiado. Basta olhar-lhe para a entourage e para os compromissos. 3º O país mudará quando a comunicação social fôr menos imediatista e tiver mais memória. Porque se tiver mais memória as vergonhas serão menos impunes. Designadamente com o prémio do voto na eleição seguinte.
sábado, abril 15, 2006
Continua A Campanha Do Referendo
sexta-feira, abril 14, 2006
A Debandada Parlamentar Aveirense (VI)
A Debandada Parlamentar Aveirense (IV)
A Debandada Parlamentar Aveirense (III)
A Debandada Parlamentar Aveirense (II)
A Debandada Parlamentar Aveirense (I)
quinta-feira, abril 13, 2006
A Galinha Dos Ovos Moles

Dito de outro modo, para que um produto possa beneficiar de uma IGP tem que se demonstrar que pelo menos uma parte do seu ciclo produtivo tem origem no local que lhe dá o nome e que tem uma "reputação" associada a essa mesma região, de tal forma que é possível ligar algumas das características do produto aos solos ou ao clima ou às raças animais ou às variedades vegetais ou ao saber fazer das pessoas dessa área.Para que uma IGP posse ser reconhecida a nível europeu (Regulamento CEE nº 2081/92), tem de existir um agrupamento de pessoas interessadas que solicite o seu registo, apresente o seu caderno de especificações e aceite o encargo da gestão do uso da IGP.
Tem igualmente que se demonstrar que a denominação em causa não se tornou no nome comum de uma série de produtos semelhantes, tem que ser reconhecido um organismo privado de controlo e certificação, que deve proceder à verificação sistemática do cumprimento das regras de produção constantes do caderno de especificações que está na base da protecção e tem que ser assumido um compromisso formal por parte do Estado-membro.
Em Portugal, o nome em causa é previamente reconhecido por Despacho do membro do Governo competente, após consulta pública e parecer da Comissão Consultiva Interprofissional para a Certificação dos Produtos Agro-alimentares e por último tem que haver um parecer favorável da Comissão Europeia e uma votação favorável ao nível dos 15 Estados-membros da União Europeia.
Qual é a consequência prática da classificação de um produto com uma IGP? É a protecção contra qualquer utilização comercial através de imitações, usurpações, falsas evocações de origem ou indicações falaciosas no sentido de induzir o consumidor em erro, fazendo-o crer que está a consumir um produto autêntico. A IGP só pode ser usada pelos produtores expressamente autorizados pelo respectivo agrupamento a quem cabe, legalmente, gerir as denominações registadas.
Depois da atribuição desta classificação, que constitui indubitavelmente uma mais valia para o produto e para a região, a APOMA está neste momento a discutir as regras de certificação do produto. E aqui importa potenciar o valor do produto classificado, permitindo a concorrência, a diferenciação e a competitividade, resistindo à tentação da normalização.
Não se deve por exemplo confundir o período de validade para consumo a estatuir para o produto com o facto de que obviamente quanto menos tempo medear entre a produção e o consumo maior será a integridade das características organolépticas. E aí seria bom que não se cedesse à facilidade em detrimento da qualidade, valorizando a exigência.
A certificação deve, por exemplo, não só permitir mas quiçá valorizar quem preferir, por uma questão de qualidade, vender o produto sem passar pela congelação, o que exige naturalmente maior rotação de stocks e eventualmente mais custos, mas que pode constituir um factor diferenciador favorável ao consumidor.
Os ovos moles são hoje um emblema da região. Os portugueses têm uma certa tendência para matar as galinhas dos ovos de ouro. É desejável que produtores, vendedores e consumidores façam tudo para não matar a galinha dos ovos moles.
Lindíssimo
quarta-feira, abril 12, 2006
terça-feira, abril 11, 2006
sábado, abril 08, 2006
11 De Abril
O Sal
Na primeira edição da Feira Nacional do Sal Artesanal estarão representados diferentes sítios produtores de sal artesanal, nomeadamente de Alcochete, com as Salinas de Samouco, de Castro Marim, através da Tradisal, da Figueira da Foz, pela "Foz de Sal", de Rio Maior, com a Cooperativa Agrícola dos Produtores de Sal, bem como produtores independentes do Sado e de Tavira.
A iniciativa marca a reabertura sazonal da Marinha da Troncalhada, cujo sal representa Aveiro na feira e que foi adquirida em 1995 pela autarquia. A autarquia transformou-a posteriormente num ecomuseu, onde se podem observar os ancestrais métodos de salinicultura da região aveirense que remonta, pelo menos ao ano de 959.
sexta-feira, abril 07, 2006
O Banco Privativo Da EMA
O Remendo

A criação de um juízo tributário ocorre no âmbito da revisão do mapa judiciário nacional, a concluir até final do ano.Obedecendo a opções «criteriosas e cuidadosas» e depois de ouvidos os vários intervenientes, a tutela decidiu criar em Aveiro um juízo do Tribunal Tributário, emendando a «decisão errada» do anterior governo PSD/CDS-PP de instalar o Tribunal Administrativo de Viseu.
É para esta cidade que são actualmente encaminhados os processos da região de Aveiro, o que tem originado um justificado coro de protestos entre os agentes judiciários aveirenses. De resto, é de Aveiro que provém a maioria dos processos tramitados no Tribunal Administrativo de Viseu, recordou Alberto Costa.
O ministro afirmou também que a instalação do juízo tributário em Aveiro é «coerente com o projecto de garantir a proximidade judicial em relação aos que dela precisam».
Estas declarações são absolutamente contraditórias com a realidade.
Ora bem: é preciso dizer que a instalação de um juízo tributário em Aveiro, integrado no Tribunal Administrativo de Viseu não é emendar um erro, mas criar um remendo. Emendar o erro é colocar o Tribunal em Aveiro. Sobretudo do ponto de vista gabado pelo Ministro da Justiça, que tem a ver com a proximidade judiciária, ou seja, o princípio segundo o qual os serviços da Justiça devem estar onde há mercado, onde há litigiosidade, onde os cidadãos utilizam os serviços.
Élio Maia, presidente da Câmara de Aveiro, ficou apenas parcialmente satisfeito com a opção do Ministério da Justiça, dado que defende a criação de um TAF no concelho. «A injustiça cometida a Aveiro há cerca de dois anos foi agora reparada. Esperemos que seja o princípio de um processo que leve à sua reparação total com a instalação de um Tribunal Administrativo e Fiscal», afirmou o Presidente da Câmara. Está bem à vista que não houve nenhuma reparação.
Élio Maia e a Câmara de Aveiro devem continuar a reivindicar a reparação do erro e não contentar-se com a atenuação parcial do erro.
Post-Scriptum
O deputado municipal do PSD Manuel Prior parece ter-me dedicado uma prosa na edição de segunda-feira deste jornal. Digo parece porque ele próprio afirma que o artigo visa um Jorge Ferreira que é líder concelhio, distrital e nacional do PND. Ora, como este Jorge Ferreira que assina estas linhas não tem nenhuma das qualidades que o articulista lhe atribui assola-me a dúvida sobre a identificação do destinatário. Para o caso de o visado ser mesmo eu, terão os leitores que aguardar pela resposta, visto que nem tudo o que parece urgente é importante. É o caso da prosa em questão.