sexta-feira, novembro 24, 2006

Amanhã, Em Sever Do Vouga

Manuel Monteiro, regressa a Sever do Vouga.
14.00 horas: Visita ao Centro Social Maria da Glória (Silva Escura)
15.00 horas: Visita à Santa Casa da Misericórdia de Sever do Vouga
16.00 horas: Visita à Fundação Bernardo Barbosa de Quadros (Rocas do Vouga)
17.00 horas: Visita à APCDI-Associação Pró Cidadão Deficiente Integrado deSever do Vouga (Sobral-Pessegueiro do Vouga)
18.00 horas: Visita à Associação Desportiva "Águias de Carrazedo" (Cedrim)
19.00 horas: Jantar.
21.00 horas: Conferência na sede da Junta de Freguesia de Cedrim:"Crianças e Idosos: Que responsabilidade social?"

TLEBS

Sim, eu sei, só o nome assusta. Alguém no Ministério da Educação teve a peregrina ideia de alterar o ensino das funções da linguagem, esquecendo que antes de alguém poder manipular a linguagem precisa de saber falar, escrever e entender a língua com que se expressa.

Um monstrinho chamado Terminologia Linguística para os Ensino Básico e Secundário concebido nas catacumbas burocráticas daquele ameaçador Ministério, ameaça a sanidade mental de alunos, professores e famílias. Quem lida com jovens estudantes do ensino superior e com a sua deficientíssima preparação para lidar com a língua portuguesa só pode temer o pior desta TLEBS.

Parece que existe alguém que quer mesmo impedir que nos entendamos uns com os outros, baralhando a nossa comunicação.

Porque convém ter memória, é oportuno recordar que esta coisa nasceu na Portaria 1488/2004, da ministra Maria do Carmo Seabra (lembram-se?, pois não), desse maravilhoso e inesquecível último Governo PSD/CDS. É, pois justo, desde logo, não levar este monstrinho ao passivo da actual ministra da Educação.

Esta é mais uma herança do pesadelo em que esse Governo de má memória transformou a vida do país.

O que faz o TLEBS? Basicamente muda os nomes às coisas, essa vertigem ancestral dos reformadores públicos portugueses para dar a sensação de que algo mexe e para justificarem umas senhas de presenças e umas ajudas de custo. Passaremos a ter catáforas, designadores rígidos ou anafóricos, complementos preposicionais e outras benfeitorias tecno-linguísticas. Alguém se uniu para nos tramar, como diz o cantor.

Depois de ter sido testada por 90 professores de 17 escolas do país no ano lectivo 2005/2006, o monstrinho está a ser aplicado de uma forma generalizada nos 3º, 5º e 7º ano de escolaridade no ano lectivo em curso, apesar de muitas escolas, dotadas de muito mais bom senso do que o Ministério, não o estarem a aplicar, por graça divina. A ideia inicial era generalizar a coisa até 2008/2009.

Esta teria sido uma boa causa para suscitar a mobilização dos sindicatos de professores, para se fazerem manifestações à porta do Ministério e para os estudantes se desfilarem em protesto contra o absurdo. Como sabemos, os problemas verdadeiros do ensino não motivam muito os sindicatos, que apenas se interessam por política de carreiras e dinheiro.

Assim, teve de ser a sociedade a reagir e a exigir o congelamento do monstrinho. É a minha humilde voz que hoje junto ao clamor geral no sentido de utilizar uma gaveta qualquer do Ministério para guardar esta preciosidade.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

terça-feira, novembro 21, 2006

Elpídio Sousa

O secretário-geral adjunto do Partido Nova Democracia (PND), Elpídio de Sousa, faleceu segunda-feira no Hospital de Santo António do Porto, vítima de doença prolongada, anunciou fonte do PND. Natural de Espinho, Elpídio de Sousa, 56 anos, era empresário tendo sido eleito secretário-geral no recente congresso do partido, realizado a 4 e 5 de Novembro, em Lisboa.
O presidente do PND, Manuel Monteiro, elogiou Elpídio de Sousa, considerando-o "um dos mais valorosos militantes da Nova Democracia". "Jamais esquecerei o empenho e a entrega de Elpídio de Sousa que, apesar de já doente, participou no recente congresso da Nova Democracia e em várias deslocações", disse Monteiro. O funeral realizou-se hoje, pelas 16:00, para a Capela da Senhora da Boa Nova, em Silvalde, Espinho.
Esta é a notícia da Lusa.
Esta é a minha:
O lugar do Elpídio fica vago. Ele era amigo, são, dedicado, convicto, determinado e ousado. Antes da NovaDemocrcacia lhe dever muito, devo-lhe eu muito. Há pessoas que não precisam de fotografia para apoiar, para ajudar, para aconselhar. Ele era uma pessoa rara. Das que estavam miraculosamente sempre presentes, disponíveis e na primeira linha. Elpídio, por que teve de ser?

sexta-feira, novembro 10, 2006

Direita, Esquerda E Corrupção

A corrupção foi um dos temas escolhidos pela Nova Democracia para o seu III Congresso, que decorreu no passado fim de semana em Lisboa. O tema e a sua oportunidade revelaram-se indiscutíveis. Para o efeito, convidou Maria José Morgado e João Cravinho. Do muito e bom que foi dito, ficaram duas ideias na memória. A primeira afirmou que a direita é mais sensível à corrupção que "a esquerda, que tem uma dependência crónica do aparelho do Estado e das suas funções sociais". O segundo afirmou que ou se faz alguma coisa ou o país fica à beira da italianização, o que traduzindo para linguagem corrente, significa a necessidade de uma operação “Mãos Limpas”.

Estou de acordo com ambas as afirmações, se bem que seja necessário fazer duas prevenções. A primeira é que a corrupção em si mesma não é de direita nem de esquerda. Pode haver políticos de direita corruptos e há-os certamente e pode haver políticos de esquerda corruptos e há-os certamente. A seriedade tem a ver com o carácter e não com a ideologia. Embora possa haver ideologia que favoreça a corrupção. Quanto mais e maiores forem os negócios de Estados mais a corrupção vê terreno para medrar e actuar. A segunda é que quando no poder, já tivemos provas de que a direita, a geométrica, pode ser tão indiferente à corrupção como a esquerda. Não existe por assim dizer uma superioridade moral de esquerda ou de direita neste domínio.

A ideia exposta por Maria José Morgado tem mais a ver com o facto de a direita defender um Estado menos intervencionista na economia e na sociedade e mais forte no exercício das funções de autoridade do próprio Estado, o que a leva a repudiar com mais veemência a doença cancerosa das democracias que é a corrupção. Evidentemente que esta ideia não se aplica à direita estatista, que a há e que uma vez no poder se comporta exactamente como a esquerda no que à concepção de Estado diz respeito e, também, em relação às consequências dessa visão.
Para a direita liberal, mesmo a conservadora, o Estado cria ele próprio condições para que a corrupção possa desenvolver-se através do volume de intervenção económica e de recursos que movimenta. O Estado é servido por pessoas de carne e osso e pode ser sequestrado pelos interesses individuais e de grupo que nada têm a ver com o suposto interesse geral.

O suposto interesse público visado pelo Estado não tem necessariamente que coincidir com o interesse geral, mas coincide certamente sempre à forma como os decisores conjunturais, no âmbito dos poderes a que acedem regem os seus próprios interesses e valores, com a enorme vantagem de não poderem jamais ser responsabilizados pelas suas decisões e pelos seus erros da forma directa e incontornável como todos nós pagamos os nossos próprios erros e as consequências das nossas decisões nas nossas vidas pessoais.

Esta semana, nem de propósito foi conhecido o novo ranking da corrupção elaborado pela Transparency Internacional. Portugal aparece na 26ª posição dos países menos corruptos. Na União Europeia somos o 14º país onde há menos corrupção. O estudo baseia-se na percepção que os agentes económicos têm sobre os níveis de corrupção a partir da actividade empresarial. Apesar de mantermos a posição anterior, somos ultrapassados pela Espanha, pela França, pelos E.U.A e pela Alemanha, como países menos corruptos do que antes.

Dos países de língua oficial portuguesa, Angola ocupa a última posição. O 142.º posto revela, no entanto, uma melhoria significativa em relação ao 151.º lugar ocupado em 2005. Timor-Leste aparece, pela primeira vez, neste ranking e ocupa a 111.ª posição, num estudo onde a Finlândia, a Islândia e a Nova Zelândia encabeçam os países considerados menos corruptos do mundo, contrapondo-se ao Haiti, último da lista."

Sejamos honestos: a posição de Portugal neste ranking é uma vergonha. E a dimensão e gravidade do problema percebe-se ainda melhor quando ouvimos um político com as responsabilidades passadas e presentes de João Cravinho afirmar sem peias que corremos o risco da italianização. O que significa que o Estado está neste momento sequestrado por interesses particulares.

Recentemente, Cavaco Silve fez da corrupção o tema do seu discurso do 5 de Outubro e foi nomeado um novo Procurador-Geral da República que manifesta especial preocupação pelo assunto. Cavaco Silva parece ter mudado de opinião em relação ao tempo em que era Primeiro-Ministro e em que afirmou um dia de forma categórica que Portugal não era um país de corruptos. Resta saber se a esta soma recente de preocupações se virão a somar também alguns resultados. Por que é nos resultados que se vê.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

terça-feira, novembro 07, 2006

Inácio Sai

Augusto Inácio chegou segunda-feira à noite a acordo com Ionikos SC Nikea, da liga grega de futebol, deixando o comando técnico do Beira-Mar, que orientou nas nove primeiras rondas da Liga portuguesa. O império dos resultados continua a fazer os seus súbditos.

sexta-feira, novembro 03, 2006

A Nova Direita

Começa já amanhã o III Congresso da Nova Democracia. A Nova Democracia foi fundada para construir uma alternativa política ao sistema, a partir da constatação do esgotamento do actual sistema político e partidário. Não é desistindo a meio do caminho que se conseguirá atingir esse objectivo. Desiludam-se os que gostava dessa “boa” notícia.

Os partidos situacionistas, quer o do Governo, quer os da oposição, são incapazes de mudar o sistema. PS, PSD e CDS são uma espécie de tridente de um sistema político caduco, esgotado, corrupto e incapaz de suscitar a mobilização dos portugueses para os desafios do futuro. São prisioneiros de interesses, autores dos defeitos do sistema, serviçais da União Europeia.
Perderam a vontade reformadora, conformam-se com o desinteresse do povo, agradecem a indiferença geral para se perpetuarem no poder e na oposição, mas sempre a viverem à sombra dos negócios do Estado e à conta do Orçamento do Estado. A alegada direita com que alguns querem neste momento construir um partido único é uma direita cobarde e inconsequente, que apoia, subscreve e vota as principiais medidas do Governo do PS no Parlamento.

Só quem acredita que é necessário mudar, que é possível mudar e só quem quer participar no esforço de mudança, se sente bem neste partido. Quem apenas gosta de política para a ver sentado no sofá, de chinelos, de quatro em quatro anos, não está no PND a fazer nada. Quem, no fundo, apenas não gosta dos outros partidos por causa do estilo dos seus líderes actuais, mas quer o mesmo para Portugal, também não está no PND a fazer nada. Não será com esses que alguma coisa mudará em Portugal. Para eles, a política é uma passerelle onde desfilam alfaiates, sorrisos e esgares, que não ideias, projectos e compromissos.

Propor a extinção da Nova Democracia neste momento é um frete grátis descarado ao CDS e ao PSD. Nenhum deles merece o frete. E é, além disso, uma tranquilidade que se oferece a um Governo mentiroso, que prometeu uma coisa na campanha eleitoral e está a fazer outra no poder. O Governo também não merece essa tranquilidade.

A Nova Democracia só dependerá exclusivamente do seu líder se os seus militantes se demitirem da obrigação de intervir e de ajudar ao crescimento do apoio popular às nossas ideias e ao nosso projecto para o país.

Quem pensa que o país está bem, que não precisa de mudar e que tem uma espécie de destino garantido nas estrelas, o melhor que tem a fazer é inscrever-se no CDS, no PSD e no PS. Mas quem acredita, como é o caso dos subscritores desta moção, numa alternativa, quem está disposto a lutar por ela, quem se recusa a deixar que PS, PSD e CDS continuem a fingir que são diferentes, num decadente e degradante jogo de sombras barato, para deixar tudo na mesma, só pode tomar um compromisso: levar o PND a disputar as próximas eleições legislativas com esperança, ânimo e vontade.

Também nós entendemos que é necessária uma convergência de esforços à direita para derrotar o PS e combater a esquerda em geral. Mas essa alternativa só se fará se a Nova Democracia crescer e se afirmar nas próximas eleições legislativas. Porque se assim não fosse essa alternativa já existiria. Neste momento da vida do país, a Nova Democracia é o espaço político da direita que faz falta e que o PSD e o CDS abandonaram por falta de convicção e por cederem à tentação colaboracionista com o PS.

A grande mensagem que deve sair do III Congresso é, a meu ver, esta mesmo: o compromisso de disputar as próximas eleições legislativas de 2009, com o objectivo de eleger deputados com base num projecto político de mudança consubstanciado na sua declaração de princípios e no seu programa.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quarta-feira, novembro 01, 2006

Mais Notícias Do Célebre Lobby (3)

Alberto Souto, presidente da Câmara Municipal de Aveiro entre 1997 e 2005, renunciou ao lugar de vereador no actual mandato, alegando questões profissionais. O socialista tinha o mandato suspenso desde a tomada de posse do novo executivo, formado por PSD e CDS/PP, optando agora pela renúncia.

Mais Notícias Do Célebre Lobby (2)

O distrito de Aveiro, com 127,4 milhões de euros, desceu do terceiro para o quinto lugar do ‘ranking’ nacional nas intenções de investimento do Governo, de acordo com as propostas do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2007.