sexta-feira, outubro 27, 2006

Grande Jogo

Beira-Mar empata 3-3 com o Sporting. Um grande jogo do Beira-Mar, que com uma pontinha de sorte, podia ter ganho. E dá jeito para amanhã ...

O Estado Civil Da Culpa

O antigo ministro das Obras Públicas Jorge Coelho, que tutelava a pasta no momento da tragédia de Entre-os-Rios, afirmou esta semana que considera que «a culpa vai morrer solteira» no caso da queda da ponte que custou a vida a 59 pessoas.

Segundo Jorge Coelho, ao demitir-se do Governo a 5 de Março de 2001, horas depois do acidente, pretendeu dar «o exemplo» da assunção de responsabilidades políticas no caso da queda da ponte. Mas esperava que o processo judicial tivesse outro desfecho. «Não é possível que 59 pessoas tenham morrido a atravessar um equipamento cuja manutenção é da responsabilidade do Estado e, feita a investigação, ninguém seja responsabilizado. Se a desresponsabilização se torna uma normalidade no nosso país, então tudo pode acontecer», sublinhou o ex-ministro.

O socialista reconheceu ainda que existem problemas de eficiência e que “é o modelo de funcionamento do Estado que, apesar do esforço da equipa mobilizada pela Procuradoria-Geral da República para a investigação, apesar do esforço dos juízes para o apuramento da verdade dos factos, possibilita que estas coisas aconteçam. O que está em causa é o funcionamento do Estado e a confiança que os cidadãos podem ter no seu Estado».

Jorge Coelho falava no dia em que o Ministério Público decidiu recorrer do acórdão do Tribunal de Castelo de Paiva que, na passada sexta-feira, absolveu os seis engenheiros acusados de crimes de violação de regras técnicas. A apresentação do recurso deverá ser feita até 9 de Novembro. O processo crime não está, pois, encerrado e sobre ele não vou, obviamente, pronunciar-me. Sobre as declarações do ex-ministro socialista, apenas as julgo precipitadas (alguma razão existirá para ter tido a necessidade de as fazer…), e lhe apresento uma sugestão: que elas sejam o discurso que certamente não deixará de fazer no próximo Congresso do PS. Cara a cara com o Primeiro-Ministro. Uma excelente oportunidade para entusiasmar o seu Partido e o Primeiro-Ministro para a necessidade de preparar o matrimónio da culpa com os decisores políticos que têm a obrigação de fazer e não fazem ou de não deixar fazer e o permitem.

É tradicional e fica sempre bem o discurso público da culpa solteira em Portugal. É recorrente. Mas convém lembrar que esse discurso não passa muitas vezes de retórica para impressionar plateias. Era Jorge Coelho ministro da Administração Interna e também anunciou ao país que o caso da Universidade Moderna ia até ao fim “doesse a quem doesse”. Sabe-se hoje como doeu só para alguns. E, aí, não me recordo de ver Jorge Coelho teorizar sobre o estado civil da culpa nem exigir responsabilidades.

A verdade é que a culpa, além de solteirona incorrigível, revela também ter uma vocação muito selectiva.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

terça-feira, outubro 24, 2006

Parabéns


17 anos em 96.5. A 23 de Outubro de 1989, a Rádio Regional de Aveiro iniciou as suas emissões. Muitos parabéns pelo excelente trabalho efectuado e votos de enorme sucesso futuro.

A Ler

O Orçamento e o distrito de Aveiro, por Susana Barbosa, no Arestália.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Para O Caso De Vir A Haver

Falo do referendo sobre o aborto. Aqui está a minha declaração de voto.

Palavras Cruzadas

Vila do concelho de Aveiro: palavras cruzadas de Marcos Cruz, o histórico cruzadista do Expresso. Fascículo dos passatempos de Verão. 2006. Solução: Arouca. Deve ter sido Marcos Cruz a fazer o mapa do PIDDAC do Orçamento na parte da ponte da Barra...

domingo, outubro 22, 2006

Já Abriu O Blogue Do Não

Abriu o Blogue do Não. Portugueses livres dizem sim à vida e dizem não ao aborto. Até ao dia do referendo este blogue não dará tréguas. Para isso estão lá André Azevedo Alves, Cláudio Tellez, Francisco Mendes da Silva, Joana Lopes Moreira, João Gonçalves, João Lancastre de Távora, João Noronha, Luís Aguiar Santos, Manuel Arriaga, Marta Sá Rebelo, Miguel Castelo Branco, Nuno Pombo, Rui Castro e Sara Castro. E eu também dou uma ajuda. Isto para já.

quinta-feira, outubro 19, 2006

A Liberdade De Governar

Por vezes somos tentados a pensar que Deus nos reservou os piores para nos tratar do destino. Que o país foi concebido num dia mau e que transporta consigo para todo o sempre o pecado original de ter nascido de uma zanga entre um filho e uma mãe. Isto sucede normalmente nas fases de maior desespero com a política, em que colectivamente parece descrermos de tudo, de nada e de todos.

Raciocinemos: serão os políticos tão más pessoas que nos desejem mal? Não creio. Serão tão insensíveis que desejem errar? Duvido. Serão uma trupe de gente mal formada e mal intencionada que se diverte perversamente com a desgraça alheia? Acho que não.

Então qual é o nosso problema? Eu entendo que o principal problema político do país hoje é que o Governo, qualquer que ele seja e o Primeiro-Ministro, qualquer que ele seja, não têm liberdade para governar. Não têm liberdade para decidir bem. Não têm possibilidade de aplicar determinadas medidas em que durante as campanhas dizem acreditar e defender até aos últimos grãos de convicção que lhes resta.

O problema é que eles sabem-no e mentem ao povo, fazendo crer que podem o que não podem e, muitas vezes propondo o pouco que podem, mas não devem. Quem quiser governar Portugal tem hoje duas barreiras intransponíveis. A primeira é uma Constituição socialista, de inspiração marxista, que não permite mexer no modelo social que suga as finanças públicas de forma absolutamente ineficiente e até, socialmente injusta.

Se um partido ou um político pretender algum dia apresentar um programa político de reforma profunda do Estado, do sistema político e dos sistemas sociais, rapidamente perceberá que a Constituição não o permite. Terá de mudar de agulha, será corrido a mentiroso, e passará à história como mais um igual a tantos outros.

Depois existe outra barreira. Desde a entrada em vigor do Tratado da União Europeia que os Estados deixaram de mandar na sua política económica, monetária e orçamental. Seja qual for a ideologia, o programa, o sonho ou o ideal, a Comissão europeia parece ter um polícia à entrada de São Bento, pronto para multar, castigar e punir quem ousar, por necessidade ou convicção, transpôr as margens estreitas do diktat comunitário.

Os Governos estão condenados, e sabem-no de antemão, a cumprir a política dos outros. Dos que fizeram a Constituição há trinta anos e dos que fizeram o Tratado de Maastricht há quase quinze.

Dir-me-ão: então está a desculpá-los? Não, muito pelo contrário. A responsabilidade dos políticos é saberem disto, assobiarem para o ar, fazerem de conta que nada se passa e, sobretudo, nada fazerem para mudar esta situação castradora da liberdade de decidir e governar. As eleições estão transformadas num desfile de misters. Pior: eles sabem que não podem fazer o que prometem e mesmo assim prometem. Foi por isso que na Hungria o povo, enojado com o actual Primeiro-Ministro, saiu à rua. É por isso que ontem, logo de manhã, no café onde bebo a primeira bica do dia, um cidadão comum, vendo Sócrates na televisão, ditou, seco e cortante a sua sentença: “Não gosto deste gajo! Mentiu ao povo.” Vox populi, vox dei.
(publicado na edição de 20 de Outubro de 2006 do Diário de Aveiro)

Cuidado, Sr. Presidente...

Não seria a primeira vez que as cartas socialistas saíam viciadas em Aveiro.... Ou tenciona remar pela PJ?

quarta-feira, outubro 18, 2006

Cesto Roto

A Camara de Aveiro tomou a decisão de dissolver a sociedade Aveiro Basket. Vêem como basta querer? Mas esta sociedade é o elo mais fraco da despesa. A solução não é certamente deixar os monstrinhos da despesa municipal continuarem a ficar cada vez mais feios, isto é, mais caros.

sexta-feira, outubro 13, 2006

O Dr. Pinho

Muitos se têm revelado surpresos com as declarações de Manuel Pinho, hoje, em Aveiro, decretando o fim da crise. A mim, confesso, não me surpreendem. Tive ocasião de acompanhar o percurso do actual ministro durante a última campanha eleitoral em que fui candidato pela NovaDemocrcacia pelo círculo de Aveiro e Manuel Pinho pelo PS. Percebi duas coisas. Que o senhor está-se literalmente nas tintas para o PS (o que por si só não é pecado) e que é incapaz de trocar o golfe pelo trabalho político. E constatei outra: a sua irreprimível queda para a brincadeira. Perguntado nos alvores da campanha sobre o que sabia de Aveiro, Pinho não hesitou em dizer que se lembrava de ver morrer uma criança ao tentar atravessar a linha do comboio em Espinho. A debates não foi, tal como o deputado fantasma do CDS, então candidato Portas (gente arrogante, perdão, importante, é assim mesmo). Campanha não fez. Fizeram-na os escravos do aparelho que nos salões deve execrar chiquerrimamente. Ideias não tinha porque não precisava, visto que estava ali para ser ministro, o que veio a conseguir graças a Sócrates. Não tarda é condecorado.

Um Ano Triste


No dia 08 de Outubro de 2005 Élio Maia adormeceu com uma certeza: no dia seguinte à mesma hora seria vereador da Câmara Municipal de Aveiro. A urna pregou-lhe uma partida. Fez dele Presidente da Câmara. E deixou-o surpreendido com uma criança nos braços, para a qual não criou músculo nem tinha alimento. Isto é, para a qual não tinha projecto nem equipa. A ideia era que o PS renovaria o mandato na Câmara e a lista da coligação foi feita para se opor nessa eventualidade e não para governar. E, como tal, também não era necessário programa, apenas imaginação para criticar Alberto Souto, o que como se sabe, dado o desvario financeiro, não seria tarefa difícil.

Mas a democracia prega partidas de vez em quando. Este devia ter sido o ano do estado de graça. Mas foi apenas o ano da dança do milhão. A política municipal tem-se resumido a mais milhão menos milhão, como se essa precisão fizesse alguma diferença. A dívida e o passivo municipais são asfixiantes e um ano depois das eleições ainda ninguém sabe quanto é ao certo. Qualquer dia será necessário fazer um pacto de regime municipal para se assentar no valor exacto dessa dívida e desse passivo, para então começar a governar.

Politicamente falando, falta em Aveiro um discurso do estado do município em que o líder do município apresente o seu projecto para o futuro. Porque a verdade é que se a situação era negra à partida, hoje ainda o é mais. Não se vê horizonte, só dívidas. Não se percebe uma estratégia, apenas o imobilismo de quem não estando à espera de ter de governar se tem revelado incapaz de reagir à situação e dar a volta por cima.

A coligação anda às turras, no meio de episódios dignos de filme de série C, e já soma emails clandestinos, demissões, críticas e desavenças intestinas, que mostram bem a natureza política do arranjo que foi feito para fazer a vida negra ao PS, caso este, como todos esperavam, ganhasse as eleições. Com um factor de complicação adicional: a coligação inicial adquiriu um terceiro partido que não estava previsto: o PEM. Não é segredo para ninguém que Élio Maia tem sofrido um bom pedaço com os jogos dos partidos da coligação e que já está pelos cabelos, como se diz em português vernáculo, com alguns dos seus representantes no executivo municipal.
Mais grave: parece que a dívida e o passivo actuais já foram substancialmente acrescentados este ano por despesa clientelar da responsabilidade da coligação.

A tendência dos últimos anos não foi invertida. Aveiro não está na estratégia nacional do turismo, a Ria de Aveiro tem jornadas mas não tem gestão, o concelho está descuidado, e nada, mas mesmo nada é feito, para que no futuro não se volte a passar pelos problemas do presente. Aveiro, concelho do litoral, ameaça tornar-se uma espécie de interior, sem peso económico, cultural e político. Até a Polícia Judiciária, que curiosamente é actualmente dirigida por um aveirense, parece estar de partida.

Aveiro é hoje uma cidade triste. Apesar de ter das melhores Universidades europeias, não tem sabido apanhar o comboio do desenvolvimento. É preciso mudar este estado de coisas. Mas para isso é preciso liderança e programa. Exactamente aquilo que hoje não existe. Este primeiro ano de coligação PSD/CDS/PEM foi um ano triste.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, outubro 12, 2006

New Look


O sítio do Diário de Aveiro está mais bonito, legível e funcional. Apenas uma sugestão: acho que devia haver mais conteúdos da edição impressa disponíveis.

Museu Está Quase

"As obras de recuperação da Casa do Major Pessoa, futuro Museu de Arte Nova de Aveiro, entraram já na sua fase de finalização. A garantia foi dada por Élio Maia, presidente da câmara municipal, na sessão de abertura do encontro Arte Nova, Porta para o Futuro que a cidade da ria promove em parceria com os municípios de Riga (Letónia) e Barcelona, até amanhã. Esta corrente arquitectónica passará a ser divulgada num espaço próprio, já a partir de 2007. "
Maria José Santana, no Público de hoje.
Esperemos que não metram a Arte Nova num museu e a tirem da rua.

quarta-feira, outubro 11, 2006

80 Anos De São João Da Madeira



O Concelho de São João da Madeira faz hoje 80 anos. Parabéns. Saiba tudo aqui.

Arte Nova Ameaçada

Aveiro organiza, a partir de hoje, um encontro internacional alusivo a uma corrente arquitectónica que deixou marcas na cidade, a Arte Nova. Os apelos para a salvaguarda de imóveis de interesse esbarram na ausência de apoios para obras de restauro.
Ler mais aqui, no Diário de Notícias.

terça-feira, outubro 10, 2006

A Ler

As Vergonhas de Aveiro, por Susana Barbosa, no Arestália.

Parabéns!

Ao Miguel Araújo, pelo primeiro aniversário do Debaixo dos Arcos.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Um Ano

De coligação PSD/CDS/PEM. Balanço na sexta-feira.

domingo, outubro 08, 2006

Escandaloso

A Empresa do Estádio Municipal de Aveiro (EMA) tem uma dívida de seis milhões de euros, relativa ao Imposto Municipal de Imóveis (IMI), de acordo com o vereador Pedro Ferreira, do pelouro das Finanças da Camara de Aveiro. "Não sei quem se lembrou de fazer uma empresa daquela forma", disse o vereador, na última reunião da Assembleia Municipal (AM), acrescentando, na resposta a uma observação de um vogal do PS, que continuam a chegar facturas por pagar e que, ao contrário do que às vezes tem sido dito, "nem toda a dívida é relativa a obra".
Continue a ler no Jornal de Notícias
Eu, por mim, acrescento: não sei como é que não ocorreu a ninguém extinguir a empresa. Esta e as outras que, está provado, só servem para dar ordenados a clientes locais dos partidos sem poiso e disfarçar, esconder, ocultar dívida.

sexta-feira, outubro 06, 2006

06 De Outubro De 1957

Realiza-se o I Congresso Republicano de Aveiro, presidido por António Luís Gomes, ministro do Fomento na I República. O congresso decorre sob a vigilância da PIDE, polícia política da ditadura.

Independencia Nacional

Não conheço nenhum país do mundo, decente, civilizado e evoluído, que não comemore a data da sua independência. Nós podemos até não comemorar a data do nosso aniversário, mas sabemos de cor o dia em que nascemos. Aposto que se perguntassem numa sondagem aos portugueses a data em que Portugal nasceu, as respostas seriam lamentáveis.

Em Portugal não é assim. Ninguém comemora a data em que passámos a ser independentes. Essa data é 5 de Outubro de 1143. Comemora-se nesse dia a implantação da República e comemora-se muito bem. Eu sou republicano, embora não me agrade a forma reumática e quase indiferente como a República é comemorada a 5 de Outubro, com discursos na Praça do Município na varanda do edifício onde ela foi proclamada, romagens ao cemitério do Alto de São João e uma coroa de flores na estátua de António José de Almeida. A República merecia mais e melhor.

Mas só há República porque há Portugal. É extraordinário que nenhum órgão de soberania ponha a independência à frente da República e a comemore. Apesar da recente sondagem do Sol nos dizer que cerca de 30% de portugueses gostariam de ser espanhóis ou que Portugal não existisse, eu, sendo convictamente republicano, sou dos prefiriria viver em Monarquia a ser espanhol.

Que bonito seria ver o Presidente da República comemorar solenemente a independência nacional, que é justamente o que lhe permite sê-lo. Que bonito seria ver o Parlamento comemorar a independência nacional, que é o que lhe permita que exista. E o Governo e as autarquias locais… e o povo em geral.


O Tratado de Zamora foi o resultado da conferência de paz entre Afonso Henriques e o rei Afonso VII de Castela e Leão, a 5 de Outubro de 1143, e constitui a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo reino de Portugal pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. Este procurou conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143, com a presença do cardeal Guido de Vico.

A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, só veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, mas o título de Rei de Portugal, que Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal Guido de Vico, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.

Em Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui, de 1137. O Tratado de Tui (ou Tuy), tinha sido celebrado em 1137 entre Afonso VII de Castela e Leão e seu primo, o infante D. Afonso Henriques, como termo das hostilidades, e do qual resta uma notícia em Tui. Segundo parece, D. Afonso Henriques, sabendo que o imperador se encontrava em má posição no conflito com o rei de Navarra, aproveitou a oportunidade favorável para, de acordo com este, entrar com o seu exército na Galiza, tomando Tui, apossando-se de alguns castelos por traição de quem os defendia e causando vários estragos na região. Afonso VII recuperou Tui.

Alguns autores consideram que Afonso Henriques, no prosseguimento da política de independência do seu país, evitou qualquer acto que o levasse à sujeição do primo. Dom Afonso Henriques nunca reconheceu o primo como imperador, e este também não invocou tal facto nas relações com Portugal, mas que o rei de Leão e Castela não renunciava à sua supremacia mostra-o o protesto que dirigiu a Eugénio III por ocasião do Concílio de Reims (1148) sem falar da intransigência com que lutou até ao fim da vida pela primazia eclesiástica de Toledo.

Hoje, face à situação política europeia e mundial, faz cada vez mais sentido abandonar preconceitos ideológicos tacanhos e comemorar a independência nacional. Infelizmente, nenhum político no activo entende assim: um sinal de mediocridade e de falta de sentido da História. Para se ser respeitado, é preciso dar-mo-nos ao respeito. E um país que nem a data do seu nascimento conhece e assinala não se dá certamente ao respeito.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, outubro 05, 2006

A Ler

O Dilúvio, por Nelson Peralta, em A Ilusão da Visão.

terça-feira, outubro 03, 2006

Reflexão Do Dia

Quando uma autarquia não respeita os mais elementares direitos dos cidadãos, os mais fáceis de respeitar, como havemos de ter confiança que respeita os outros direitos dos cidadãos, os mais difíceis de respeitar? Em breve darei notícias.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Fado

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, anunciou que só depois de concluída a reorganização dos ministérios deverá ser definida a gestão da ria de Aveiro, no quadro das regiões hidrográficas. Humberto Rosa respondia sexta-feira ao presidente da Câmara de Estarreja, José Eduardo Matos, que salientou a urgência de intervenção na ria de Aveiro e de serem criadas formas que possibilitem a sua recuperação. A cada Governo a sua desculpa. A ria continua adiada. Até quando?

domingo, outubro 01, 2006

A "Obra"

É comum ouvir-se que o PS deixou obra em Aveiro. Pois deixou. E que obra. Um bocado cara talvez, não? (Evitei empregar os vocábulos passivo, dívida, dinheiro, gastar, despesa, regabofe, pilim, caroço, e outras similares, para não ter os socialistas de Aveiro a escrever dicionários de bolso no Diário de Aveiro).

Palavras Para Quê?

Aveiro merece mais e melhor.