sábado, setembro 30, 2006

Batota É (1)

Não fazer nada para resolver o problema da dívida e da despesa na Camara de Aveiro, para ir às próximas eleições com o discurso do passivo.

Inoveight


O João Oliveira dá nota de mais uma prova de dinamismo e excelência da Universidade de Aveiro. Aqui.

Lamber As Feridas

"O valor do passivo da Câmara Municipal de Aveiro é, "no mínimo, de 225 milhões de euros". O número foi avançado pelo próprio presidente da autarquia, Élio Maia, e supera em 45 milhões de euros o montante de dívidas anteriormente divulgado (180 milhões). O líder da maioria eleita pela coligação PSD/CDS-PP escusou-se a adiantar se o apuramento destes valores saiu da auditoria realizada pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF) às contas da autarquia, uma questão que não irá comentar enquanto "não sair o relatório final".
Maria José Santana, no Público de hoje.
Lá está. Mais milhão, menos milhão. Mas o que interessa é: que planos tem, Sr. Presidente, para começar a resolver o problema? Vai abrir concurso de ideias ou tem programa? Não é certamente só a cortar nos almoços e nas festas de Natal que vamos lá...

Arouca Merece

Um blogue assim. De autoria de António Jorge Brandão de Pinho. Bom rumo.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Chegou A Hora

Os momentos de dificuldade são apropriados para recuperar o tempo perdido. As notícias diárias anunciam cortes de orçamento gerais para todas as instituições públicas. Hospitais, centros de saúde, escolas, Universidades, politécnicos, ministérios, câmaras municipais. É uma boa altura para deixar de navegar à vista e definir rumos.

Nos últimos anos a sociedade portuguesa tem vivido no conforto de saber que se algo correr mal, o Estado, no último segundo, paga. Esses tempos acabaram. O Estado somos nós todos, os cidadãos, as famílias e as empresas que, bem ou mal, criam riqueza. E, no conjunto, não criamos a riqueza necessária para sustentar o nosso modo de vida.

E não criamos essa riqueza porque, apesar de trabalharmos mais horas que os outros (é o que dizem as estatísticas…), trabalhamos mal. À medida que foram aumentando as dificuldades, foram aumentando os diagnósticos. Todos fazem diagnósticos, quando o que o país precisa é de objectivos e de motivação para os alcançar. Curiosamente nos diagnósticos, a culpa é sempre dos outros e nunca dos seus autores.

Na semana passada foi a vez do Compromisso Portugal fazer mais uns quantos diagnósticos. No convento do Beato, em Lisboa, exorcizaram-se fantasmas e fizeram-se liturgias de fé. Esperava eu que o Compromisso começasse pelo princípio. E o princípio é: o que faz cada um de nós nas empresas que gerimos apara aumentar a qualidade, a produtividade e a riqueza? Mas não.

Mais uma vez o diagnóstico e as posologias apontadas foram para os outros, designadamente para o Estado. O Estado, que, repito, somos todos nós. O que é engraçado é que muitos dos responsáveis pela actual situação do Estado estão abrigados no Compromisso Portugal. Antigos ministros das Finanças, da Economia, do Trabalho. Liberais de moda e de última hora. Assistem às sessões e batem palmas. Eles, os mesmos que fizeram exactamente o contrário daquilo que hoje aplaudem. Eles, que quando puderam reduzir a monstruosa despesa pública, a aumentaram. Eles, que quando puderam reduzir o peso do Estado na economia e na sociedade, optaram por fazer exactamente o contrário.

É por isso que considero que o primeiro problema do país neste momento, mesmo sabendo que o dinheiro escasseia para pagar tudo aquilo que nos últimos anos julgámos que podíamos pagar, é de credibilidade. Dos líderes das empresas, dos líderes políticos, dos líderes das instituições. É essa falta de credibilidade que gera a indiferença cívica, este estado de desinteresse em que os portugueses e genericamente o mundo ocidental, vivem. Nada lhes importa, nada os preocupa, nada os motiva. Falta liderança.

É este estado letárgico que justifica a última das cedências. Ultimamente, parece estarmos prontos para abdicar também da liberdade, sob ameaça, sob chantagem e transidos de medo. Voltarei a este ponto.

Aveiro não foge à regra geral e um entre muitos exemplos da postura que acima critiquei. O debate público resume-se a saber se a dívida da Câmara é de milhão a mais ou milhão a menos. E quem meteu mais ou menos milhão na dívida global. O debate deveria ser sobre o que tem de mudar, como vai mudar e quem vai pagar a mudança, para resolver os problemas. Gastar continuamente não é mais possível. E a política, como se costuma dizer, tem horror ao vazio.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quarta-feira, setembro 27, 2006

A Ler

Sobre o Teatro Aveirense e a vida cultural de Aveiro, Tábua de Salvação, por Susana Barbosa, no Arestália.

domingo, setembro 24, 2006

Aveiro Antigo (14)


Aveirenses na praia da Barra, em Setembro de 1921 (Album de Carneiro da Silva)

Aveiro Antigo (13)


Visita de ministros a Aveiro, em 04 de Junho de 1922 (Album de Craneiro da Silva)

Aveiro Antigo (12)


Procissão das Cinzas em 1922 (Album de Carneiro da Silva)

Histórias De Aveiro (14)

24 de Setembro de 1873: nasceu o ilustre aveirense Dr. Artur de Carvalho Ravara, médico urologista muito distinto, que foi o decano dos urologistas portugueses (Cemitério Central de Aveiro, data indicada no jazigo) – A.

Histórias De Aveiro (13)

24 de Setembro de 1740: no braço da ria que vai de Aveiro para Ovar, afundou-se uma bateira, tendo morrido afogadas diversas pessoas, entre elas o Padre Fernando Álvares Gião, de Montemor-o-Novo (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, I, fl. 149) – A.

Histórias De Aveiro (12)

24 de Setembro de 1586: El-Rei D. Filipe I de Portugal concedeu às religiosas do Mosteiro de Jesus a mercê de terem um carniceiro privativo, que lhes cortasse a carne de que houvessem mister «pelos preços por que se corta no açougue geral» da vila (Arquivo da Universidade de Coimbra, Convento de Jesus de Aveiro, Tomo 79, fls. 10r-11r) – A.

Index

Lista de municípios que excederam os limites de endividamento propostos pelo Governo:

Municípios
Percentagem utilizada do limite proposto

ALPIARÇA
157%
AMARES
171%
ANSIÃO
112%
ARMAMAR
170%
AVEIRO
216%
BARREIRO
117%
CALHETA (SÃO JORGE)
196%
CARRAZEDA DE ANSIÃES
169%
CASTANHEIRA DE PÊRA
181%
CASTELO DE PAIVA
195%
CELORICO DA BEIRA
181%
CHAMUSCA
109%
CONDEIXA-A-NOVA
108%
COVILHÃ
227%
ESPINHO
101%
FARO
101%
FIGUEIRA DA FOZ
147%
FORNOS DE ALGODRES
137%
FUNDÃO
168%
GOUVEIA
161%
GUARDA
136%
LAJES DAS FLORES
205%
LISBOA
158%
MACHICO
198%
MAIA
180%
MANTEIGAS
120%
MARCO DE CANAVESES
267%
MESÃO FRIO
104%
MOIMENTA DA BEIRA
104%
MONÇÃO
124%
MONCHIQUE
117%
MONDIM DE BASTO
175%
MONTEMOR-O-VELHO
173%
MOURÃO
177%
MURÇA
120%
NAZARÉ
107%
ODIVELAS
157%
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
133%
OLIVEIRA DE FRADES
107%
OURÉM
110%
OURIQUE
178%
OVAR
101%
PAREDES DE COURA
122%
PORTALEGRE
115%
PORTO MONIZ
113%
POVOAÇÃO
107%
REGUENGOS DE MONSARAZ
119%
RIBEIRA GRANDE
116%
RIO MAIOR
125%
SANTA COMBA DÃO
150%
SANTARÉM
159%
SÃO PEDRO DO SUL
194%
SÁTÃO
127%
SEIA
164%
SEIXAL
121%
SESIMBRA
130%
SETÚBAL
131%
SINES
192%
SOURE
112%
TAROUCA
102%
TORRE DE MONCORVO
114%
TORRES NOVAS
144%
TRANCOSO
124%
VALE DE CAMBRA
185%
VELAS
180%
VILA DA PRAIA DA VITÓRIA
131%
VILA DO CONDE
164%
VILA FRANCA DO CAMPO
194%
VILA NOVA DE POIARES
172%
VOUZELA
147%

sábado, setembro 23, 2006

Subscrevo

"Local ou central, o Estado é o mesmo. O dinheiro vem sempre dos mesmos bolsos dos mesmos contribuintes. Mas as autarquias comportam-se muitas vezes como se vivessem num limbo, com um pé dentro do Estado e outro fora."
Paulo Ferreira, no Público

sexta-feira, setembro 22, 2006

Os Obreiros Da Ruína

Para um socialista nenhuma dívida, por mais alta que seja, é trágica. Porque na sua cabeça as dívidas pagam-nas os outros. Nunca eles. Sobretudo, como se costuma dizer no autárquiquês (uma espécie de eduquês dos autarcas), se essa dívida foi contraída para deixar “obra”. Isto significa, em português comum, caseiro e familiar, que o autarca viveu acima das possibilidades e gastou o que não tinha e não devia.

A “obra” justifica tudo. Justifica que uma autarquia não pague a quem devia quando devia, coisa vedada a qualquer cidadão desgraçado que se lembre de não pagar qualquer coisa à autarquia a tempo e horas. Justifica que a autarquia peça emprestado para financiar a “obra”. Justifica que a autarquia venda à banca o dinheiro que há-de receber um dia, antecipando aquilo que não tem ainda. O autarca pensa sempre que se encher o olho ao eleitorado com “obra”, o resto é secundário e a reeleição está assegurada. Daí a insensibilidade ao desvario do gasto. A bem da “obra”, isto é, da reeleição.
Pois é. O problema é que nem sempre funciona este círculo infernal. Aveiro é um exemplo. Ainda esta semana, aos microfones da Aveiro FM, o socialista Raul Martins lá recordou, que a dívida da autarquia foi contraída para possibilitar um «salto qualitativo» no concelho. Só a construção do novo estádio custou 55 milhões de euros, lembrando a unanimidade com que toda a gente abrilhantou esta parcela da dívida. Raul Martins, apesar de continuar a justificar a dívida municipal com a “obra”, sabe bem que nem sempre a “obra” é tudo. O PS deixou “obra”, mas foi derrotado nas urnas pelo eleitor ingrato e aparentemente ceguinho (não viu a “obra”). O problema é que este raciocínio contaminou todos os partidos que obtiveram alvará nos idos de 1975 junto do MFA. No fundo, todos têm Ibsen à cabeceira.

Há uma peça fundamental de Henrik Ibsen, chamada «O Inimigo do Povo». É a história de um homem que diz a verdade. Só a verdade. Uma verdade que contrariava interesses instalados e ideias feitas. Por dizer a verdade caluniaram-no de O Inimigo do Povo. Foi quase exterminado fisicamente. Um dia a população em peso, com a irracionalidade própria das multidões, correu a apedrejar a sua casa.

Se o mote de Ibsen fosse tomado a contrario, os autarcas obreiros seriam «os amigos do povo». Mas não. As multidões são tramadas; não se satisfazem com nada nem com ninguém. O homem de Ibsen foi maltratado por dizer a verdade. O teatro percebe bem de política. E há quem esteja disposto a levar esse teatro ao limite do absurdo.

No mesmo programa de rádio, Gilberto Ferreira, militante do PSD e administrador da empresa municipal Parque Desportivo de Aveiro, defendeu a realização de auditorias às contas da Câmara «de quatro em quatro anos». «Sempre que houver eleições, seja qual for o executivo». Como se as contas públicas fossem sistematicamente de desconfiar, como se os eleitos fossem por princípio e fatalidade democrática, gente sem escrúpulo nem confiança financeira. Para este gestor municipal até o actual Executivo municipal se inclui no grupo, já que defende uma auditoria no final do actual mandato (às vezes o teatro revela-se preverso…).

Por estes dias, na longínqua Hungria, ocorre uma revolta popular contra o Primeiro-Ministro que ganhou as eleições com certas promessas e governa a fazer o contrário. Olha se o exemplo pega! Imaginem só se o inimigo do povo de Ibsen vira, afinal, o mentiroso. As bolhas são assim, vão crescendo sem ninguém se dar conta e um dia rebentam e aí é tarde para concertações e torna-se necessária a ruptura.

Em Aveiro a festa foi bonita, pá, pois foi, pá, mas a factura está aí e a penúria também. Da dívida, já se suspeitava. O que não se imaginava era tanta inépcia para a estancar e para a diminuir.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, setembro 21, 2006

À Espera De Outro Milagre?


Desde 13 de Maio (dia de aparições) que o blogue de Élio Maia não é actualizado. Estará o apoquentado edil à espera do 13 de Outubro? Ou que aconteça um milagre das rosas (não é piada ao PS) que faça jorrar os pães pelas depauperadas finanças municipais?

Aveiro Tem Novo Bispo



D. António Francisco dos Santos é o novo bispo da Diocese de Aveiro, sucedendo a D. António Marcelino, por decisão do Papa Bent o XVI, anunciou hoje o Vaticano. D. António Marcelino, que hoje completa 76 anos de idade e comemora o 31º aniversário da sua ordenação episcopal, vai continuar a dirigir a Diocese de Aveiro como Administrador Apostólico até à entrada solene de D. António Francisco na Diocese, que deverá ocorrer a 08 de Dezembro. Bento XVI aceitou a renúncia do governo pastoral da Diocese de Aveiro, apresentada por D. António Marcelino em conformidade com o Direito Canónico, dado ter completado o limite de idade (75 anos).

O novo Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, era até agora Bispo Auxiliar de Braga, cargo para que foi nomeado em 2004 pelo Papa João Paulo II. O novo Bispo de Aveiro é natural da Freguesia e Paróquia de Tendais, Concelho de Cinfães, Diocese de Lamego, onde nasceu a 29 de Agosto de 1948. Foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo D. António de Castro Xavier Monteiro, na Catedral de Lamego, a 08 de Dezembro de 1972.

Concluiu a Licenciatura de Filosofia na Faculdade de Filosofia do Instituto Católico de Paris, em 1977, e o Mestrado em Filosofia Contemporânea, na mes ma Faculdade, em 1979. A 21 de Dezembro de 2004 foi nomeado Bispo titular de Meinedo e Auxiliar da Arquidiocese de Braga, por João Paulo II, tendo sido ordenado Bispo na Sé d e Lamego, a 19 de Março de 2005.Fonte: Lusa

sexta-feira, setembro 15, 2006

A Visita Surpresa Na Festa Do Avante

Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá, na Colômbia, no dia de Natal de 1961, é casada e tem dois filhos. Em 2001 decidiu candidatar-se à Presidência da República do seu país e foi raptada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em 2002. As FARC são uma organização classificada pela União Europeia como terrorista. As FARC financiam-se através de extorsão, roubo, tráfico de droga e tem sequestradas mais de 3.000 pessoas, entre as quais a candidata à Presidência da Colômbia. Entre outras actividades, realizam atentados de que resulta a morte de muitos civis. São amigos do Partido Comunista Português, que decidiu convidá-las para a Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, por intermédio da revista Resistência, seu órgão oficial.

Primeira nota: o PCP diz que não convidou as FARC, mas apenas o órgão oficial das FARC. O argumento é ridículo e hipócrita. Convidar o Avante é convidar o PCP, de que é órgão oficial e cujos directores são membros do partido. Mais, foram as FARC e não a revista que decidiram publicar um comunicado a responder aos protestos que em Portugal se geraram com tão funesta parceria.

Segunda nota: muitos julgavam que o PCP tinha mudado. Perante a evidência democrática, depois da derrota da previsão feita por Álvaro Cunhal a Oriana Fallaci, de que nunca haveria democracia burguesa em Portugal, com eleições, pluralismo e liberdade, só maçadas, e depois do desmoronamento do totalitarismo soviético, o PCP ter-se-ia convertido aos mínimos civilizacionais. Falso. Adoptou a máscara da necessidade, para sobreviver. Mas não mudou a essência. Cá para dentro faz voz mansa. Lá para fora, faz daquilo que sempre foi: um partido com uma concepção totalitária do poder, que anda rodeado das piores companhias.

A Festa estava montada. Desta vez havia Very Important People e tudo para assegurar directos e abrilhantar a Festa. Com um bocado de sorte, Jerónimo de Sousa apareceria nas capas da Caras, da Lux e da VIP, com Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Filipe Vieira e Luís Filipe Meneses. Afinal, os comunistas também gostam do social e acham que da mesma maneira que há uns anos foi chique em Cascais votar em José Luís Judas, a simpatia do seu actual líder fará esquecer o passado e porá o PCP na moda. O que não estava no programa era que alguém estivesse de atalaia e denunciasse esta relação política inaceitável entre os comunistas e as FARC.

Mas a verdade é que a Festa ia ter uma visita que não estava no programa: era a visita surpresa. Ninguém esperava que Ingrid Betancourt Pulecio, raptada há quatro anos pelas FARC e de que ninguém sabe onde e como está, visitasse inopinadamente a Festa do Avante. Em espírito, claro. Por denúncia e exclusiva responsabilidade de vários blogues gerou-se uma onda de indignação pela presença desta organização terrorista em Portugal.

Terceira nota: atacar as FARC não é defender Uribe, da mesma maneira que atacar Bin Laden não é defender o poder saudita. Não colhe por isso o argumento de contra-propaganda que os comunistas, apanhados de surpresa, na sua antiga especialidade (a intoxicação propagandística) se apressaram a esgrimir.

Quarta nota: a comunicação social está longe da perfeição. Todos o sabemos. Mas mais uma vez se revelou a duplicidade de critérios editoriais, que é preciso denunciar. Imaginem que um partido de extrema-direita português convidava um jornal ou uma organização nazi europeia para vir a uma festa em Portugal. Nem quero imaginar. O Bloco desfilaria. O SOS Racismo espernearia, os jornais escreveriam editoriais, as televisões fariam debates sobre o avanço do extremismo na Europa, alguém no Parlamento chamaria António Costa e José Sócrates a dar explicações.

Ainda recentemente assistimos à onda de justa indignação que perpassou pela opinião pública quando Gunther Grass admitiu, sessenta anos depois, ter pertencido às SS, num momento em que estava para sair o seu livro autobiográfico que, entretanto, já vendeu milhares. Alguém se enerva com o passado saneador, anti-democrático e de cumplicidade com os regimes totalitários soviético ou cubano, de Saramago?

Com as FARC, nada. Ninguém sabe, nem ninguém até agora explicou como foi possível esses terroristas entrarem em Portugal, se foram ou não vigiadas as suas actividades pelas forças de segurança, da mesma forma que a GNR vigia os militantes do PNR que andam a distribuir panfletos nas escolas. O Governo assobia para o lado, para a comunicação social, salvo honrosas excepções, o assunto nem existiu e todos aguardamos o próximo escândalo que for agendado pelo jornalismo de referência. E esta, é a última (talvez devesse ser a primeira) nota. A indiferença er o silêncio do país institucional que envia tropa para a Bósnia, para o Afeganistão, para o Líbano, mas que nem se incomoda quando o terrorismo nos visita.

Marcelo Rebelo de Sousa voltará para o ano à Festa do Avante?

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

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terça-feira, setembro 12, 2006

A Ler

Pirâmides Em Extinção, por Susana Barbosa, no Arestália.

Enigma Decifrado

Está explicado por que é que o candidato a deputado do PS por Aveiro e hoje ministro, Manuel Pinho, nunca se preocupa com os seus eleitores. Passa tão depressa na auto-estrada que não tem tempo para ver a placa.

domingo, setembro 10, 2006

Pesquicídio

Os pescadores já não dizem aos filhos para seguirem a actividade, segundo o presidente do PND, para quem isto é «algo de novo», representando um «corte brutal». A nível comunitário disse que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, podia fazer «muito mais» pelas pescas.

O presidente do Partido da Nova Democracia, Manuel Monteiro, atribui ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, parte da responsabilidade pela crise das pescas em Portugal. A «diminuição das quotas de pesca e o abandono da actividade» são factores apontados pelo líder do PND, que resumindo disse que «o que se está a passar é um crime».
Tudo isto num país cuja frota nacional apenas «suporta um terço das necessidade de consumo», embora com forte tradição na actividade, e o facto de ser o maior consumidor de peixe entre os membros da União Europeia.

Antes de entrar ontem em Aveiro, no cais do Canal Central, a bordo do moliceiro que o levaria pela Ria até uma marinha de sal para almoçar, recordou que Durão Barroso «disse que ia para a Comissão Europeia para ser útil para a Portugal». Manuel Monteiro conclui que o social-democrata, afinal, «podia fazer muito mais». E «se não provar o contrário, foi para a Comissão Europeia para ser útil para si próprio».

De resto, para o presidente do PND, Durão Barroso «está a fazer contas para ser Presidente da República, daqui a uns anos».

Manuel Monteiro também se referiu aos armadores de pesca dizendo que «muitos deles estão à espera do dinheiro para abater navios».

Nos encontros com pescadores e regulares viagens em embarcações que tem feito, Manuel Monteiro apercebeu-se que está a acontecer «algo de novo». A comunidade piscatória «é cada vez mais idosa e os pais estão a aconselhar os filhos a não seguir a carreira», diz o líder partidário que classifica esta nova atitude como um «corte brutal muito preocupante na tradição económica e familiar».

Para Manuel Monteiro, «defender a pesca é defender um modo de vida e uma actividade económica», recordando que esta prática tem relações a montante e a jusante como a construção e reparação de embarcação, fábricas de redes e outros apetrechos, indústria de conservas, envolvendo «centenas de milhares de pessoas».

Entretanto, o PND prepara um dossier a apresentar na Comissão Europeia «com propostas alternativas sobre as pescas».

sexta-feira, setembro 08, 2006

Antes, Na Ria


Amanhã, sábado, às 12 horas, Manuel Monteiro, acompanhado por Susana Barbosa, Jorge Ferreira e outros dirigentes e militantes da NovaDemocracia participará num almoço nas Marinhas, onde será recebido na "Marinha da Passagem", a convite do seu proprietário, Sr. rafael Pereira Simões. A partida num Barco Moliceiro é ao meio-dia, em frente à Rota da Luz.

Amanhã, Em Vera Cruz

Amanhã, sábado, dia 9, em Aveiro, pelas 16h30, Manuel Monteiro fará uma reunião alargada, com os Coordenadores Nacionais da Nova Democracia na Junta de Freguesia da Vera Cruz.À margem da reunião o Presidente do Partido prestará declarações à Comunicação Social relativamente ao Congresso da Nova Democracia, agendado para os próximos dias 04 e 05 de Novembro, em Lisboa, bem como os contactos que iniciou para os futuros Órgãos Nacionais do Partido.

O Estado Da Direita Moderna

Depois de, no artigo da semana passada, ter exposto a necessidade de uma direita moderna e popular para Portugal, é necessário explicar para quê. Para mudar o Estado. E por que é necessário mudar o Estado? Porque o actual modelo de funções, logística e financiamento do Estado está falido e esgotado. Isto é, já não é possível continuar a viver a ilusão que o Estado resolve todos os nossos problemas, porque não resolve e o tentar resolver agrava alguns e cria outros.

A necessidade contínua de cada vez maior financiamento deste modelo tem conduzido à asfixia da produção, dos cidadãos, das famílias e das empresas. E tem produzido enormes injustiças sociais, em que cada vez mais pessoas pagam bens e serviços que o Estado inventou que tem de produzir e prestar para cada vez menos pessoas. O método do pagamento por todos daquilo que apenas alguns consomem é ruinoso e conduz à falência geral.

O novo Estado tem de assentar por isso num novo contrato social, resultante naturalmente de um compromisso eleitoral entre a direita moderna e popular e os cidadãos. A primeira coisa a fazer é, pois, definir as funções prioritárias do Estado, que deverão ser as funções de soberania que viabilizam e existência independente da Nação.

Ao Estado competem dois grupos diferenciados de funções: as funções soberanas e as funções reguladoras e supletivas. As funções soberanas. São as que envolvem o exercício do poder delegado pela comunidade: Justiça, Segurança, Defesa e Política Externa. A estas, que são as tradicionais, acrescentamos a de Ordenamento Territorial, que integra quer a gestão do recurso escasso que é o património comum da Nação, constituído pelo conjunto dos acervos urbanístico, paisagístico e ambiental, quer a dinamização de uma política de competitividade das cidades e de eficaz utilização dos recursos naturais.

As funções reguladoras e supletivas são as chamadas funções sociais, no modelo do Estado Social. Cobrem a Cultura, a Educação, a Saúde e a Segurança Social. Devem tender para um estatuto de mera residualidade, caso seja seguido o princípio da subsidariedade nas relações entre o Estado e a sociedade civil, ou seja, serão exclusivamente assumidas quando a sociedade civil não manifestar interesse na sua prestação. Mesmo na esfera das funções soberanas, os sectores transferíveis deverão sê-lo sem qualquer hesitação. Ao Estado não compete dar ou retirar, mas arbitrar.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quarta-feira, setembro 06, 2006

Memória

Arte Nova

O movimento artístico Arte Nova vai ser estudado num encontro organizado pelos municípios de Aveiro, Riga e Barcelona, a decorrer de 11 a 13 de Outubro na cidade da ria. O encontro, denominado Arte Nova: Uma porta para o futuro tem como principal finalidade "estudar o movimento e analisar o potencial dessa corrente artística em termos de turismo, preservação e desenvolvimento urbano sustentável", refere uma nota da autarquia aveirense. A iniciativa conjunta de Aveiro, Riga (capital da Letónia) e Barcelona tem como objectivos preservar, estudar e promover a Arte Nova enquanto elemento comum às três cidades. Durante três dias vão ser discutidas no Centro de Congressos de Aveiro políticas a desenvolver para a salvaguarda do património da Arte Nova e para a optimização de recursos. A partilha de conhecimentos e experiência, o intercâmbio no âmbito da preservação urbanística e a promoção turística são outras vertentes do encontro, que procurará também criar mecanismos de divulgação do património.
Do Público (link indisponível)

terça-feira, setembro 05, 2006

O Manifesto Da Direita Nos Blogues (II)

O Manifesto da Direita que aqui divulguei há dias tem motivado inúmeras análises e comentários. Quem anda na vida da comunicação pública aprende logo de início que tão importantes são os pronunciamentos quanto significativos são os silêncios. Que os há. Para facilitar a navegação aqui fica uma recensão desses comentários e análises, com expresso e antecipado pedido de desculpas por qualquer omissão, que será sempre involuntária.

André Azevedo Alves, em O Insurgente
António Costa Amaral, em A Arte da Fuga
Manuel Azinhal, em O Sexo dos Anjos
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Tomás Vasques, no Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos
Francisco Múrias, em O Povo
João Villalobos, no Corta-Fitas
David Ramos Martins, no E Depois do Mesmo
Abrantes, no Estado Novo
SA, no É A Hora
SA, no É A Hora
JLP, no Small Brother
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Carlos Manuel Castro, no Tugir
António Torres, no Faccioso
Francisco Martins, no Touquenemposso
A. J. Brandão de Pinho, no Statu Quo
Manuel Azinhal, em O Sexo dos Anjos
Ti Card, em O.Insecto
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Pedro Ferreira, em O Condado
André Azevedo Alves, em O Insurgente
O Jumento, em O Jumento
Fernando Barragão, em A Almondega Reaccionária
Pedro Soares Lourenço, no Arcadia
Bekx, no E-Jetamos
Pedro Soares Lourenço, no Arcadia
Pacheco Pereira, no Abrupto
Francisco Nunes, no Planície Heróica
Francisco Nunes, no Planície Heróica
Orlando Nascimento, no Gonio
Nelson Peralta, em A Ilusão da Visão
RMG, em A Gazeta Lusitana
RMG, em A Gazeta Lusitana
João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos
Susana Barbosa, no Arestália
Rui Albuquerque, no Blasfémias
Tomás Vasques, no Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não sabemos
João Carvalho Fernandes, no Fumaças
Manuel Azinhal, em O Sexo dos Anjos
O Jumento, em O Jumento
Diogo Pereira Nunes, no Vicarius Liability
Bruno Alves, no Desesperada Esperança
A. J. Brandão de Pinho, no Satu Quo
José Adelino Maltez, em Sobre O Tempo Que Passa
Rui Paula Matos, no Macroscópio
Rui Costa Pinto, no Mais Actual
JLP, no Small Brother
Carlos Abreu Amorim, no Blasfémias
Francisco José Viegas, em Crónicas de Francisco José Viegas
O Corcunda, em O Pasquim da Reacção
Luís Aguiar Santos, em O Amigo do Povo
Francisco Nunes, no Planície Heróica
Pedro Guedes, no Último Reduto
Ilídio Martins, no Esmaltes e Jóias
Rui Paula Matos, no Macroscópio

domingo, setembro 03, 2006

Noite


Fotografia de Paulo Moreira, no Julius Caeser.

sábado, setembro 02, 2006

A Ler

Élio E A Marina, no Dolo Eventual, por David Afonso.

As Jornadas Da Ria



São este mês e o programa é este.

(Via Dolo Eventual, com foto do blogue de Hugo Lopes)

O Manifesto Da Direita Nos Blogues

O Manifesto da Direita que aqui divulguei há dias tem motivado inúmeras análises e comentários. Quem anda na vida da comunicação pública aprende logo de início que tão importantes são os pronunciamentos quanto significativos são os silêncios. Que os há. Para facilitar a navegação aqui fica uma recensão desses comentários e análises, com expresso e antecipado pedido de desculpas por qualquer omissão, que será sempre involuntária. Esta actualização já inclui o artigo de Pacheco Pereira na edição de ontem da Sábado, que o autor já publicou no Abrupto.

André Azevedo Alves, em O Insurgente
António Costa Amaral, em A Arte da Fuga
Manuel Azinhal, em O Sexo dos Anjos
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Tomás Vasques, no Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos
Francisco Múrias, em O Povo
João Villalobos, no Corta-Fitas
David Ramos Martins, no E Depois do Mesmo
Abrantes, no Estado Novo
SA, no É A Hora
SA, no É A Hora
JLP, no Small Brother
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Carlos Manuel Castro, no Tugir
António Torres, no Faccioso
Francisco Martins, no Touquenemposso
A. J. Brandão de Pinho, no Statu Quo
Manuel Azinhal, em O Sexo dos Anjos
Ti Card, em O.Insecto
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Carlos Manuel Castro, no Tugir
Pedro Ferreira, em O Condado
André Azevedo Alves, em O Insurgente
O Jumento, em O Jumento
Fernando Barragão, em A Almondega Reaccionária
Pedro Soares Lourenço, no Arcadia
Bekx, no E-Jetamos
Pedro Soares Lourenço, no Arcadia
Pacheco Pereira, no Abrupto
Francisco Nunes, no Planície Heróica
Francisco Nunes, no Planície Heróica
Orlando Nascimento, no Gonio
Nelson Peralta, em A Ilusão da Visão
RMG, em A Gazeta Lusitana
RMG, em A Gazeta Lusitana
João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos
Susana Barbosa, no Arestália
Rui Albuquerque, no Blasfémias
Tomás Vasques, no Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não sabemos
João Carvalho Fernandes, no Fumaças
Manuel Azinhal, em O Sexo dos Anjos
Pacheco Pereira e Manuel Monteiro, em O Jumento
Diogo Pereira Nunes, no Vicarius Liability
Bruno Alves, no Desesperada Esperança

sexta-feira, setembro 01, 2006

Esclarecimento

Quer o Miguel, quer o Nuno já se queixaram que não conseguiam deixar comentários na respectiva caixa aqui neste blogue. Fui verificar e de facto algo impedia a respectiva publicação. Tal deveu-se certamemente a inabilidade minha. Julgo que a questão está resolvida. Mas desde já ressalvo que eliminarei os comentários insultuosos para mim ou para terceiros que, em desespero de mediocridade mental, apareçam publicados por aqui. E, esclareça-se desde já, para que não haja equívocos ou más interpretações, que jamais o Nuno ou o Miguel o fizeram. Eles sabem que eu sei que eles sabem que eu sei quem são. Adoptei a medida no Tomarpartido, com inegável vantagem do ponto de vista higiénico. E, além disso, é possível conhecer e identificar os proprietários dos IP's, através das entidades competentes. De resto, publiquem, escrevam e comentem a bel-prazer.

Preciosidades Não Pagam Dívidas


O Almocreve das Petas informa que há preciosidades disponíveis na In-Libris, no Porto.
Monografias*Aveiro*

DIAS (Diamantino).-- MOLICEIROS. [Edição da Comissão Municipal de Turismo de Aveiro. 1971]. 18x20,5 cm. 42-VI págs. B.

Sendo uma breve monografia, este trabalho tem a particularidade de incluir um "Glossário de designações relacionadas com o Barco Moliceiro, sua palamenta e faina da apanha do moliço". Ilustrado com desenhos explicativos e fotografias a cores.
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