(Teatro Aveirense)
Não, não é teatro puro a peça que está em cena na Câmara Municipal de Aveiro acerca do destino a dar ao Teatro Aveirense. O teatro puro é uma encenação, requer actores que representam papéis que não têm nada a ver com o que os actores são na vida real. Este não é o caso.
A solução política que gere o executivo municipal é um arranjo partidário, não uma coligação. Quando o CDS, o PSD e o PEM se juntaram para concorrer às últimas eleições autárquicas fizeram um grupo apenas para limitar os danos da derrota eleitoral que davam por garantida. Assim, ninguém poderia culpar o outro pela derrota. Todos tinham feito a mesma viagem, no mesmo barco, ao mesmo tempo. Não construíram uma alternativa para governar Aveiro com sentido, com rumo, com objectivos, com um projecto. Deixaram-se andar à espera que as eleições passassem e arrumassem uns quantos candidatos na Vereação e na Assembleia Municipal.
Para sua surpresa, quiçá para seu desespero, ganharam e agora a verdade vem ao de cima: isto é, não se entendem. Não se entendem sobre a herança que receberam e não puderam repudiar, visto que ano e meio depois nem sequer o valor da dívida municipal conseguiram apurar, numa manifestação de incompetência inadmissível no século XXI, a era das tecnologias de informação. Mas, mais grave, não se entendem sobre o que fazer para o futuro. Nem nas grandes, nem nas pequenas coisas.
O conflito que existe no Executivo municipal acerca do destino a dar ao Teatro Aveirense é apenas mais um triste episódio do Teatro verdadeiro que está em exibição em Aveiro desde as últimas eleições autárquicas. Dá a a ideia que os partidos que ganharam as eleições nem tempo tiveram para se encontrar, num café que fosse, para trocar umas ideias sobre o futuro.
Resultado: Vereador sim, Vereador não, sai uma solução nova para o mesmo problema. Por cima disto está o distante, silencioso e apático Élio Maia, incapaz de pôr ordem numa casa que nunca imaginou ter de arrumar. E ao lado disto, está a Directora do Teatro, qual ex libris do Bloco de Esquerda a lutar contra o Diabo dos “privados” e cujo lugar estaria em questão com uma eventual concessão, a ameaçar com um movimento cívico contra um Rui Rio fantasmagórico que, manifestamente não é de Aveiro…
Teatro do verdadeiro em Aveiro? Sim. Mas do mau.
Não, não é teatro puro a peça que está em cena na Câmara Municipal de Aveiro acerca do destino a dar ao Teatro Aveirense. O teatro puro é uma encenação, requer actores que representam papéis que não têm nada a ver com o que os actores são na vida real. Este não é o caso.
A solução política que gere o executivo municipal é um arranjo partidário, não uma coligação. Quando o CDS, o PSD e o PEM se juntaram para concorrer às últimas eleições autárquicas fizeram um grupo apenas para limitar os danos da derrota eleitoral que davam por garantida. Assim, ninguém poderia culpar o outro pela derrota. Todos tinham feito a mesma viagem, no mesmo barco, ao mesmo tempo. Não construíram uma alternativa para governar Aveiro com sentido, com rumo, com objectivos, com um projecto. Deixaram-se andar à espera que as eleições passassem e arrumassem uns quantos candidatos na Vereação e na Assembleia Municipal.
Para sua surpresa, quiçá para seu desespero, ganharam e agora a verdade vem ao de cima: isto é, não se entendem. Não se entendem sobre a herança que receberam e não puderam repudiar, visto que ano e meio depois nem sequer o valor da dívida municipal conseguiram apurar, numa manifestação de incompetência inadmissível no século XXI, a era das tecnologias de informação. Mas, mais grave, não se entendem sobre o que fazer para o futuro. Nem nas grandes, nem nas pequenas coisas.
O conflito que existe no Executivo municipal acerca do destino a dar ao Teatro Aveirense é apenas mais um triste episódio do Teatro verdadeiro que está em exibição em Aveiro desde as últimas eleições autárquicas. Dá a a ideia que os partidos que ganharam as eleições nem tempo tiveram para se encontrar, num café que fosse, para trocar umas ideias sobre o futuro.
Resultado: Vereador sim, Vereador não, sai uma solução nova para o mesmo problema. Por cima disto está o distante, silencioso e apático Élio Maia, incapaz de pôr ordem numa casa que nunca imaginou ter de arrumar. E ao lado disto, está a Directora do Teatro, qual ex libris do Bloco de Esquerda a lutar contra o Diabo dos “privados” e cujo lugar estaria em questão com uma eventual concessão, a ameaçar com um movimento cívico contra um Rui Rio fantasmagórico que, manifestamente não é de Aveiro…
Teatro do verdadeiro em Aveiro? Sim. Mas do mau.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
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