domingo, julho 29, 2007

SONDAGEM

A partir de hoje o Aveiro passa a consultar os seus leitores sobre questões do distrito. É assim que inauguramos uma sondagem com a seguinte pergunta: Élio Maia tem sido um bom Presidente de Camara? Têm Vosselencias a palavra.

sábado, julho 28, 2007

IDADE MÉDIA

(Castelo de Santa Maria da Feira)

Santa Maria da Feira vai “regressar ao passado”, a partir de 03 de Agosto, realizando mais uma "Viagem Medieval" que vai transportar a população e os seus milhares de visitantes ao final do século XIV e inícios do século XV. Esta é já a 11ª edição de uma iniciativa, um diferente espectáculo contínuo durante dez dias, onde os carros dão a vez aos cavalos e as t-shirts e as calças de ganga são substituídas por armaduras. Apesar de muitos aspectos da vida contemporânea nos fazerem lembrar a Idade Média, apesar de algumas pessoas que conhecemos nos fazerem por vezes lembrar que os séculos não passaram de igual maneira por toda a gente, aqui vale mesmo a pena visitar esta bela terra e mergulhar na história.

sexta-feira, julho 27, 2007

PATRIMÓNIO MUNDIAL

A ideia de candidatar a Ria e os moliceiros a património mundial da Humanidade é uma boa ideia. Ques estiver interessado em saber tudo sobre o isso representa e como lá chagar só tem que ir até este local. Neste momento a lista comporta 851 bens, que se podem saber quais são aqui. As inevitáveis burocracias estão explicadas aqui. Agora é mãos à obra.

EXCELENTE ENTREVISTA

De António Granjeia, Presidente do Galitos, no Diário de Aveiro de hoje. Sobre desporto, sobre a Camara e sobre a pista de remo, entre outros assuntos. A ler.

SÓ FALTA CONTRATAR ELEITORES

Vê-se, ouve-se e lê-se e não se acredita. Bem sei que estamos já em plena silly season, traduzindo, a estação parva, onde os mais lúcidos dos espíritos se turvam a pontos de praticarem actos sem sentido e até grotescos (não confundir com aflorações de esquizofrenia, esta já do foro médico e não de calendário), e os mais anormais comportamentos se justificam pela intensidade do calor, mesmo com um Verão suave, como tem sido este. Mas há limites para tudo. Ou devia haver. O Governo não tem limites.
Esta semana José Sócrates decidiu voltar aos power point. Passadas as tormentas dos últimos meses, alguém deve ter aconselhado o Primeiro-Ministro a regressar aos gloriosos tempos da propaganda. Desta vez calhou à Educação. E lá foram Sócrates e a ministra apresentar o plano tecnológico da educação ao Centro Cultural de Belém.
Passar de um rácio actual de 12,8 computadores com ligação à Internet por aluno para dois terminais em 2010. Ter metade das 27 mil salas de aula equipadas com um quadro interactivo e videoprojector já em Abril de 2008. Data em que também todas as escolas de 2.º e 3.º ciclos do básico e secundário terão em funcionamento o sistema de cartão electrónico do aluno (que permite eliminar a utilização de dinheiro), alarmes e câmaras de vigilância no exterior. Convém registar os números para poder comparar depois com os resultados.
“Vamos dar às escolas as condições para assumir um papel de vanguarda. Este programa vai modificar muito a nossa escola”, afirmou o Primeiro-Ministro e deverá colocará Portugal “entre os cinco países europeus mais avançados na modernização tecnológica do ensino em 2010.” Ao todo são 400 milhões de euros de fundos comunitários que permitirão construir a “escola do futuro.” Já para a ministra da Educação, registe-se, da Educação, o programa terá um papel importante na peça da diminuição da desigualdade entre escolas. E, em particular, “para mitigar os efeitos destas desigualdades nos resultados escolares dos estudantes.”
A ideia era mostrar as potencialidades da utilização dos quadros interactivos numa sala de aula. Sentadas em carteiras, cerca de uma dezena de crianças respondiam ao “professor” e faziam os exercícios descritos no quadro, com ajuda do rato ou de uma caneta especial que faz as vezes de giz. Só que para além da sala improvisada no Centro Cultural de Belém havia algo mais encenado. Os “alunos” eram crianças que tinham sido recrutadas por uma agência de casting: a NBP, num trabalho que rendeu 30 euros a cada um, de acordo com o relato feito por um dos miúdos à RTP. “A empresa propôs fazer a apresentação aqui no local para que pudéssemos todos perceber como funcionam [os quadros interactivos]”, explicou a ministra da Educação, sublinhando que esse era um pormenor muito pouco relevante perante o investimento hoje anunciado.
A escola do futuro de Sócrates faz-se de computadores, videovigilância e quadros interactivos. Os alunos são secundários. Os professores são secundários. A disciplina é secundária. Os programas são secundários. A tabuada é secundária. A gramática é secundária. As máquinas é que contam. E neste mundo virtual, tecnocrático e cinzento de José Sócrates não são necessários alunos. Bastam robots. Como não há dinheiro para comprar robots, contratam-se alunos a fingir, actores infantis em estágio para os reallity-shows de uma qualquer produtora de televisão.
Se repararmos, é só vantagens: José Sócrates pode entrar nos eventos pela porta da frente porque não será vaiado. A assistência terá o número certo de figurantes, porque se encomenda à medida da plateia pretendida. Contribui-se para a economia dando trabalho a crianças, assim como certas fabriquetas do Norte faziam antigamente, embora pagando certamente pior que o Governo. Toda a gente sorri, dando a possibilidade das revistas do coração aproveitarem o evento para as edições de Agosto que esgotam nos areais do All Garve. Mais: esta metodologia fornece números para o programa Novas Oportunidades. O lema poderia ser: “Queres ser actor? Queres entrar numa telenovela? Inscreve-te já num estágio com José Sócrates”.
Depois do PS ter recolhido figurantes para a noite eleitoral de Lisboa no Alandroal, em Famalicão e sei lá mais onde, agora a coisa sofisticou-se: contratam-se crianças. Que génio! Aproveitem e contratem também eleitores, que a abstenção não está para brincadeiras…
Só há um contra: os jornalistas. Esses estupores desalmados, que têm a mania de fazer perguntas (os que têm…). Mas há leis a caminho para tratar disso. Não há direito de estragar a felicidade socialista.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, julho 26, 2007

SERÁ DO CALOR?

As audiências aqui da casa têm aumentado vertiginosamente nas últimas horas. Será do calor do Verão que parece finalmente ter chegado? Se é, esfriemos então o clima. Vai dar muito trabalho até conseguir ver os moliceiros e a Ria classificados como património mundial da Humanidade. Mas Aveiro merece o esforço.

28 DE JULHO

(Moliceiros)

A Regata dos Moliceiros, às 14 horas, um espectáculo único, a não perder.

terça-feira, julho 24, 2007

BLOGMAR

Concurso de weblogs integrado nas Comemorações do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro. Prémios no valor de 1.800 euros. Regulamento Concurso "BLOGMAR".

domingo, julho 22, 2007

ROTA DA LUZ TV

Rota da Luz TV é a designação de uma rede de televisão corporativa que começou hoje no distrito de Aveiro a sua emissão regular para hotéis, restaurantes, postos de turismo e autarquias, com conteúdos personalizáveis por cada estabelecimento. Ler aqui, no Diário Digital.

sexta-feira, julho 20, 2007

ELES NÃO QUEREM ENTENDER

O Parlamento prepara-se para fazer uma reforma de si próprio. Mais uma, a somar a várias que mais ou menos de dez em dez anos a casa decide fazer. O que é curioso é que de reforma em reforma o prestígio da instituição parlamentar vem decaindo, sem que reforma alguma lhe valha.

Claro que um órgão de soberania onde, por natureza, se debate e se critica tem à partida o problema de ser visto pelo povo como um sítio de preguiça falante e não de acção executiva. É preciso saber lidar com isso.

Mas a verdade é que a Assembleia da República tem vícios e normas de funcionamento que em muito agravam a péssima ideia que os portugueses em geral fazem dela. Desde logo, é vítima do facto de, numa era em que a política se faz cada vez mais em tempo real, quase on line, ali os rituais exigirem demoras, prazos, esperas dificilmente competitivos com a opinião produzida ao momento, com a crítica instantânea.

O tempo do Parlamento não deve ser o tempo da comunicação social, mas não pode ser um tempo incompatível com o tempo do país. E muitas vezes é.

Agora, na reforma que os deputados se aprestam para fazer, uma das medidas previstas é dar emprego a mais 230 clientes dos aparelhos partidários, visto que o bloco central minimal (PS e PSD) já aprovou que cada deputado deverá ter um assessor. Mais 230 empregos criados pelo Regimento da Assembleia da República, certamente para ajudar a tornar menos mentiroso o cartaz de Sócrates das eleições legislativas de 2005 a prometer os 150.000 empregos.

Até agora as assessorias dos deputados eram geridas pelos grupos parlamentares de acordo com a s verbas que têm disponíveis para o efeito. A partir de agora o assessor será um direito e a Assembleia da República assegurará o assessor.

Desde logo, com a actual organização da intervenção parlamentar não se percebe para que é muitos deputados, que não fazem literalmente nada, precisam do assessor. Há casos conhecidos de deputados que conseguiram a proeza de passar pelo Parlamento sem abrir uma única vez a boca, nem em Plenário nem em Comissão. Mas poder-se-ia argumentar que com um assessor só para si talvez estes totens do aparelho se sintam encorajados a justificar o que a República lhes paga.

O problema é que os deputados para exercerem dignamente os seus mandatos não é de assessor que precisam, até porque os Grupos Parlamentares e os serviços da Assembleia, aliás, excelentes, lhe asseguram tudo o que necessita. Precisam de responsabilidade e de credibilidade. E estas, não consta que nenhum assessor lhes possa dar quando as não têm.

Parece que os deputados não repararam na abstenção de domingo passado em Lisboa e no que ela significa de cansaço dos eleitores deste sistema partidário. Ou não querem reparar.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

sábado, julho 14, 2007

E HEVERÁ VEREADORES QUE CHEGUEM?

A maioria PSD/CDS/PEM na Assembleia Municipal de Aveiro chumbou ontem a criação de uma comissão de acompanhamento da "recuperação financeira" da autarquia e remeteu para o fim do mandato a avaliação da sua estratégia. As perguntas são: mas, afinal, qual é a estratégia, além de poupar na água e na luz, que não nos assessores e nos tachos das empresas municipais? E, já agora, falaram primeiro com o Presidente da Concelhia do PSD? Não vá ele dar novidades na próxima entrevista sobre as mais íntimas decisões da Camara de que não faz parte...

sexta-feira, julho 13, 2007

EM DISSOLUÇÃO

Parece estar a coligação PSD/CDS/PEM.

UMA COLIGAÇÃO SEM PONTUAÇÃO

“Com a finalidade de aproximar o município dos cidadãos, fazendo-lhes chegar periodicamente informação sobre diversos aspectos que caracterizam a gestão do município para que se sintam mais informados e, desse modo, possam criar dinâmicas de proximidade e colaboração”, a Câmara Municipal de Aveiro decidiu em boa hora criar uma revista municipal. A Pontes & Vírgulas.

Na altura aplaudi esta iniciativa. Sempre entendi que Aveiro tem tudo para ser um ex-libris cultural de Portugal. Passado, vida, cultura, arte, Universidade, tradição, personalidades, tudo. A iniciativa municipal veio preencher uma vazio doloroso. No meio de tanta despesa, de tanto défice, de tanto gasto, os socialistas, que têm a mania de se arvorar em políticos culturais, não encontraram uns cêntimos para fazer uma revista municipal cultural e a deixarem em herança aos seus sucessores na coluna contabilístico-política dos activos

A revista visava, segundo seu Director, Virgílio Nogueira, “o intuito de contribuir para o desenvolvimento sustentado e integrado da cultura aveirense”, o que até se afigurava excepcional dada a inércia, a parança, a calmaria de trabalho na Câmara. Uma Câmara que conseguiu estar quase dois anos sentada à espera que calculadora emprestada lhe dissesse quanto era a dívida municipal, uma das mais arrasadoras dos municípios portugueses, como se sabe.

A publicação estava projectada para uma periodicidade trimestral, nada de arrojado, e cada número deveria sair sempre no primeiro dia de cada estação do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno, uma ideia boa e que prometia potencial editorial. A publicação da «Pontes & Vírgulas» assentava no financiamento do mecenato e tinha um modesto orçamento de 5.000 euros por número. O vereador do pelouro mostrou com garbo orgulho justificado na iniciativa. Virgílio Nogueira sublinhou que na elaboração da revista existia a preocupação de abordar temas da cultura, numa perspectiva jornalística com uma componente mais reflexiva e mais ensaística.

Pois bem: a revista deixou de publicar-se. A pontuação da coligação desapareceu. Uma pena. Mas, no fundo, o desaparecimento precoce da revista é um símbolo do vazio em que Aveiro hoje vive. Se não há ideias nem programa para resolver um défice que, ao invés, se vai agravando todos os dias, como poderia exigir-se a uma equipa camarária meramente casual, a inventiva, o rasgo, de fazer uma simples revista?

Aveiro continua a ficar para trás. Até quando?
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, julho 12, 2007

PARABÉNS!

A Rádio Tera Nova, da Gafanha da Nazaré, faz hoje 21 anos. Parabéns a todos quanros nela trabalham e a todos quantos a ouvem e preferem.

O CÚMULO!

Em Aveiro é o partido que anuncia as decisões da Camara. Ao que isto chegou! É o Presidente do PSD de Aveiro que anuncia que a Camara Municipal, onde não tem qualquer cargo, pretende alienar 60 % da Move Aveiro. Pergunta do dia: será que a Camara de Aveiro tem Presidente? Mesmo? Será?

sábado, julho 07, 2007

SAFA!

Com a coligação CDS/PSD/PEM na Camara Municipal de Aveiro nem uma simples revista se aguenta! Reticências ...

sexta-feira, julho 06, 2007

REMO PARADO

Inevitavelmente, o bom senso parece ter, para já, prevalecido. O presidente da Câmara de Aveiro anunciou na Assembleia Municipal que o projecto de construção da pista de remo do Rio Novo do Príncipe vai sofrer “um compasso de espera”.

Élio Maia adiantou que “após diferentes reuniões com as partes envolvidas e a empresa responsável, considerámos mais seguro e mais sério não dar inicio já às obras”.


O autarca lembrou que “há uma multiplicidade de questões” por resolver, nomeadamente a identificação de proprietários de terrenos - um processo “dramático”, bem como negociações em curso para a compra de parcelas. Ainda de acordo com Élio Maia, a Câmara deparou-se ainda com “constragimentos ambientais e procedimentos legais a cumprir”, pelo que decidiu “adiar para uma altura mais conveniente” o início dos trabalhos, evitando “ter problemas mais à frente”. A informação enviada à Assembleia Municipal refere que o Relatório de Conformidade do Projecto de Execução (RECAPE) da pista encontra-se em fase final de elaboração. A Câmara prevê para breve a entrega no Instituto de Ambiente e a sua aprovação durante o mês de Julho. Está, também, em fase final de elaboração a planta cadastral respeitante aos terrenos a ocupar com a obra.

Evidentemente que a situação financeira da Câmara não será alheia a este compasso de espera. Como sempre defendemos, seria suicida avançar irresponsavelmente para a realização deste projecto sem saber primeiro como pagá-lo. Não duvidamos que haja outras razões que reforcem a necessidade do compasso. Mas também não se pode ignorar que a espera tem a enorme vantagem de permitir tentar arranjar o dinheiro necessário que o Governo taxativamente, bem ou mal não se discute agora, já afirmou que não concederia.

O poder em Portugal tem de aprender a ouvir as críticas e as posições dos cidadãos. O podem central e o poder local. Não há só uma maneira de ver os problemas. Não há só uma forma de os resolver. E quem se preocupa pela prossecução do interesse público fá-lo defendendo ideias que está convencido serem as mais adequadas.

A cultura da irresponsabilidade financeira tem de ser erradicada da gestão pública. O tempo de universidade, politécnico, hospital, pista de atletismo, pavilhão desportivo e o mais que as desvairadas mentes conceberem ao domicílio, rua a rua deste nosso Portugal, acabou. Em nome desta filosofia comprometeu-se o futuro. Queremos saudar Élio Maia por esta decisão. E lembrar que o imbróglio da pista de remo de Rio Novo do Príncipe tem autores conhecidos. O que se exige é, apenas, que o desvario não continue.

A obrigação da Câmara é encontrar e criar as condições para viabilizar o projecto, ambiental, desportiva e financeiramente. É para isso que se elegem autarcas. Para resolver e não para criar ou agravar problemas.


(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

terça-feira, julho 03, 2007

10.000 VISITAS. OBRIGADO!