A inauguração do Museu Municipal de Arouca é o primeiro passo para a criação de uma rede museológica concelhia, afirmou hoje o presidente da câmara local, José Artur Neves. “Com a abertura do novo espaço queremos criar uma espécie de rede museológica concelhia que congregue a nossa diversificada oferta”, disse o autarca à agência Lusa. O Museu Municipal de Arouca - uma obra orçada em cerca de 400 mil euros - abre portas domingo, no Dia Internacional dos Museus. “Temos condições, a partir de agora, para criar um modelo em rede com núcleos bem evidentes e já com muitos visitantes”, sublinhou José Artur Neves. O equipamento, cujas obras de adaptação do edifício - o antigo mercado municipal - arrancaram em 2006, foi comparticipado pelos programas Operacional do Norte e de Intervenção para a Qualificação do Turismo (PIQTUR). “A nova proposta, localizada junto ao jardim central da vila, pretende dar nota das especificidades mais rurais, etnográficas e tradicionais das vivências no nosso povo”, acrescentou o presidente da Câmara.
Com dois pisos, o museu engloba a exposição permanente “Memória de uma ruralidade”, composta por peças alusivas ao cultivo da terra. Aberto de terça-feira a domingo, o espaço inclui secções de arqueologia, geologia e etnografia, disponibilizando ainda uma sala de exposições temporárias. A primeira mostra - organizada pela Galeria 111 - conta com obras de conhecidos artistas, como António Dacosta, Júlio Pomar, Paula Rego e Graça Morais e vai estar patente até 29 de Junho. Além do novo equipamento, o município de Arouca conta actualmente com o Museu de Arte Sacra - considerado um dos mais importantes espaços nacionais particulares com estas características - e com o museu das trilobites [animal marinho já extinto] no Centro de Interpretação Geológica de Canelas. A oferta concelhia vai contar ainda com núcleos museológicos naturais ligados à arqueologia, em Malafaia, na freguesia de Várzea, e em S. João de Valinhas, Santa Eulália.
Fonte: Lusa
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