“Com a finalidade de aproximar o município dos cidadãos, fazendo-lhes chegar periodicamente informação sobre diversos aspectos que caracterizam a gestão do município para que se sintam mais informados e, desse modo, possam criar dinâmicas de proximidade e colaboração”, a Câmara Municipal de Aveiro decidiu em boa hora criar uma revista municipal. A Pontes & Vírgulas.
Na altura aplaudi esta iniciativa. Sempre entendi que Aveiro tem tudo para ser um ex-libris cultural de Portugal. Passado, vida, cultura, arte, Universidade, tradição, personalidades, tudo. A iniciativa municipal veio preencher uma vazio doloroso. No meio de tanta despesa, de tanto défice, de tanto gasto, os socialistas, que têm a mania de se arvorar em políticos culturais, não encontraram uns cêntimos para fazer uma revista municipal cultural e a deixarem em herança aos seus sucessores na coluna contabilístico-política dos activos
A revista visava, segundo seu Director, Virgílio Nogueira, “o intuito de contribuir para o desenvolvimento sustentado e integrado da cultura aveirense”, o que até se afigurava excepcional dada a inércia, a parança, a calmaria de trabalho na Câmara. Uma Câmara que conseguiu estar quase dois anos sentada à espera que calculadora emprestada lhe dissesse quanto era a dívida municipal, uma das mais arrasadoras dos municípios portugueses, como se sabe.
A publicação estava projectada para uma periodicidade trimestral, nada de arrojado, e cada número deveria sair sempre no primeiro dia de cada estação do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno, uma ideia boa e que prometia potencial editorial. A publicação da «Pontes & Vírgulas» assentava no financiamento do mecenato e tinha um modesto orçamento de 5.000 euros por número. O vereador do pelouro mostrou com garbo orgulho justificado na iniciativa. Virgílio Nogueira sublinhou que na elaboração da revista existia a preocupação de abordar temas da cultura, numa perspectiva jornalística com uma componente mais reflexiva e mais ensaística.
Pois bem: a revista deixou de publicar-se. A pontuação da coligação desapareceu. Uma pena. Mas, no fundo, o desaparecimento precoce da revista é um símbolo do vazio em que Aveiro hoje vive. Se não há ideias nem programa para resolver um défice que, ao invés, se vai agravando todos os dias, como poderia exigir-se a uma equipa camarária meramente casual, a inventiva, o rasgo, de fazer uma simples revista?
Aveiro continua a ficar para trás. Até quando?
Na altura aplaudi esta iniciativa. Sempre entendi que Aveiro tem tudo para ser um ex-libris cultural de Portugal. Passado, vida, cultura, arte, Universidade, tradição, personalidades, tudo. A iniciativa municipal veio preencher uma vazio doloroso. No meio de tanta despesa, de tanto défice, de tanto gasto, os socialistas, que têm a mania de se arvorar em políticos culturais, não encontraram uns cêntimos para fazer uma revista municipal cultural e a deixarem em herança aos seus sucessores na coluna contabilístico-política dos activos
A revista visava, segundo seu Director, Virgílio Nogueira, “o intuito de contribuir para o desenvolvimento sustentado e integrado da cultura aveirense”, o que até se afigurava excepcional dada a inércia, a parança, a calmaria de trabalho na Câmara. Uma Câmara que conseguiu estar quase dois anos sentada à espera que calculadora emprestada lhe dissesse quanto era a dívida municipal, uma das mais arrasadoras dos municípios portugueses, como se sabe.
A publicação estava projectada para uma periodicidade trimestral, nada de arrojado, e cada número deveria sair sempre no primeiro dia de cada estação do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno, uma ideia boa e que prometia potencial editorial. A publicação da «Pontes & Vírgulas» assentava no financiamento do mecenato e tinha um modesto orçamento de 5.000 euros por número. O vereador do pelouro mostrou com garbo orgulho justificado na iniciativa. Virgílio Nogueira sublinhou que na elaboração da revista existia a preocupação de abordar temas da cultura, numa perspectiva jornalística com uma componente mais reflexiva e mais ensaística.
Pois bem: a revista deixou de publicar-se. A pontuação da coligação desapareceu. Uma pena. Mas, no fundo, o desaparecimento precoce da revista é um símbolo do vazio em que Aveiro hoje vive. Se não há ideias nem programa para resolver um défice que, ao invés, se vai agravando todos os dias, como poderia exigir-se a uma equipa camarária meramente casual, a inventiva, o rasgo, de fazer uma simples revista?
Aveiro continua a ficar para trás. Até quando?
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
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