quinta-feira, novembro 05, 2009

VALE DE CAMBRA DE LUTO

Álvaro Pinho da Costa Leite, irmão de Ilídio Pinho e fundador da empresa de madeiras e derivados Vicaima e do Finibanco, morreu aos 77 anos. A informação foi comunicada hoje pelo banco, do qual era presidente do conselho de administração. Álvaro Pinho da Costa Leite nasceu em 1932, sendo o primogénito do empresário Arlindo Soares de Pinho e de Maria da Assunção Costa Leite de Pinho. Irmão mais velho de Ilídio Pinho, quando acabou o curso comercial, no Porto, começou a trabalhar de perto com o pai, em 1950. Oito anos depois optou por fundar a sua própria empresa, dando origem ao que viria a ser a Vicaima, ligada ao sector das madeiras e derivados. Para isso, teve o apoio de personalidades como o banqueiro Afonso Pinto de Magalhães e até o seu próprio pai, não obstante o seu afastamento. Em 1964 avançou com um projecto de fabricação de portas, onde ainda hoje a empresa se destaca, prosseguindo a sua expansão a partir da região de Vale de Cambra. O fim do condicionamento industrial, após a queda do Estado Novo, afastou algumas restrições de mercado e a empresa foi alargando o seu número de fábricas e de produtos.

Em 1988 a Vicaima dá um salto em frente com a aquisição da Jomar, uma grande empresa concorrente. Nessa década, Álvaro Costa Leite optou pela diversificação dos negócios, passando também a investir em sectores como o imobiliário e o financeiro. Tendo por base a Finindústria, criada em 1989, surgiu, em 1993, o Finibanco, ligado à banca de investimentos. Esteve também ligado ao arranque do Banco Comercial Português (BCP). Hoje, as principais empresas do seu grupo são a Vicaima e o Finibanco, geridas nos últimos anos pelos seus filhos, Arlindo da Costa Leite e Humberto da Costa Leite. Em Março de 2005, Álvaro Costa Leite foi notícia pelas piores razões: o empresário estacionou o carro a escassos centímetros de activistas da Greenpeace, que estavam acorrentados ao portão da fábrica Vicaima, em Vale de Cambra, agrediu um repórter de imagem da SIC e insultou jornalistas e activistas.

Fonte: Público.

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