Um belo exemplo do tema que abordei no meu último artigo para o Diário de Aveiro. A Torre dos Mouros, em Lourosa de Campos, um exemplar patrimonial por classificar. Quem dá o exemplo e chama a atenção é o observador A. J. Brandão de Pinho, ilustre cidadão de arouca no seu Meu Rumo.
terça-feira, janeiro 29, 2008
sexta-feira, janeiro 25, 2008
A FUNÇÃO PATRIMONIAL DO ESTADO
O Presidente da República decidiu em boa hora empreender um Roteiro do Património. Esta semana o Roteiro incluiu uma visita de Cavaco Silva ao Mosteiro de Arouca, aos Claustros e Igreja e ao Museu de Arte Sacra da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda; e incluiu também uma passagem por Santa Maria da Feira, com visita ao Castelo e à Capela do Castelo.
Portugal cuida mal do seu património. Os monumentos estão degradados ou então, não se encontram em muitos casos devidamente preservados. Não há dinheiro, dizem as autoridades. Há museus fechados quando deviam estar abertos, porque não há dinheiro para contratar pessoal, dizem. Há património histórico edificado abandonado porque o estado se demite da sua importante função da preservação da memória.
Há muitos anos que defendo que a presença do Governo na cultura deve ser essencialmente a de defender, preservar e promover adequadamente o património edificado e o património arquitectónico. E não é só de cultura que estou a falar. É também de economia, de educação, de turismo.
A opção prioritária dos Governos tem sido outra. Distribuem-se subsídios por filmes que ninguém vai ver, só porque são feitos por realizadores portugueses. Distribuem-se subsídios para peças de teatro que só dizem respeito a quem as representa porque ninguém as vai ver. Na cultura, como em tantas outras áreas da governação, a política do subsídio prejudica a função essencial em benefício do secundário.
Apesar de não ter optado por uma mensagem governativa no Roteiro, o Presidente da República fez bem em promover esta iniciativa. Evidentemente que o país precisa de mais, mas é sabido que em Portugal, salvo em momentos de crise, o Presidente tem como poder quotidiano, o poder de falar. Mesmo falando apenas, eu teria preferido uma maior profundidade na mensagem do Roteiro, no que diz respeito à necessidade de o Governo mudar a sua política neste domínio. Cavaco Silva, no distrito de Aveiro, escolheu dois bons exemplos de preservação do património.
Certamente com a ideia de realçar os valores perenes da nacionalidade e mostrar ao país bons exemplos de preservação do património. Mas devia também, a meu ver, dar nota da necessidade de o Estado preservar a memória em todos os locais onde existe património degradado, abandonado, fechado e não valorizado.
Mas isto, num contexto de cooperações, assessorias e por vezes, silêncios estratégicos, entre Belém e São Bento, já seria pedir de mais. Valha-nos o gesto e o sinal dados.
Portugal cuida mal do seu património. Os monumentos estão degradados ou então, não se encontram em muitos casos devidamente preservados. Não há dinheiro, dizem as autoridades. Há museus fechados quando deviam estar abertos, porque não há dinheiro para contratar pessoal, dizem. Há património histórico edificado abandonado porque o estado se demite da sua importante função da preservação da memória.
Há muitos anos que defendo que a presença do Governo na cultura deve ser essencialmente a de defender, preservar e promover adequadamente o património edificado e o património arquitectónico. E não é só de cultura que estou a falar. É também de economia, de educação, de turismo.
A opção prioritária dos Governos tem sido outra. Distribuem-se subsídios por filmes que ninguém vai ver, só porque são feitos por realizadores portugueses. Distribuem-se subsídios para peças de teatro que só dizem respeito a quem as representa porque ninguém as vai ver. Na cultura, como em tantas outras áreas da governação, a política do subsídio prejudica a função essencial em benefício do secundário.
Apesar de não ter optado por uma mensagem governativa no Roteiro, o Presidente da República fez bem em promover esta iniciativa. Evidentemente que o país precisa de mais, mas é sabido que em Portugal, salvo em momentos de crise, o Presidente tem como poder quotidiano, o poder de falar. Mesmo falando apenas, eu teria preferido uma maior profundidade na mensagem do Roteiro, no que diz respeito à necessidade de o Governo mudar a sua política neste domínio. Cavaco Silva, no distrito de Aveiro, escolheu dois bons exemplos de preservação do património.
Certamente com a ideia de realçar os valores perenes da nacionalidade e mostrar ao país bons exemplos de preservação do património. Mas devia também, a meu ver, dar nota da necessidade de o Estado preservar a memória em todos os locais onde existe património degradado, abandonado, fechado e não valorizado.
Mas isto, num contexto de cooperações, assessorias e por vezes, silêncios estratégicos, entre Belém e São Bento, já seria pedir de mais. Valha-nos o gesto e o sinal dados.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
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Cavaco Silva,
Estado,
Património
terça-feira, janeiro 22, 2008
DEFESA DE AROUCA
É sempre triste quando acaba um jornal. Última página, por A. J. Brandão de Pinho, no Meu Rumo.
domingo, janeiro 20, 2008
FOI BONITO
O Feirense visitou a Catedral e a sua equipa e os seus adeptos portaram-se à altura do templo. Jogaram à bola e fizeram uma festa. Coisa que infelizmente não se pode dizer de todos os vistantes da Luz.
sábado, janeiro 19, 2008
FESTA DAS FOGACEIRAS
(Festa das Fogaceiras)
O ponto alto da Festa das Fogaceiras, que há 503 anos consecutivos, sempre a 20 de Janeiro, presta homenagem ao padroeiro de Santa Maria da Feira, S. Sebastião, por mais um ano de protecção contra a peste negra, é amanhã.
O programa é o seguinte:
10.30 horas – Cortejo Cívico [desde os Paços do Concelho até ao Castelo]
11.15 horas – Missa Solene e Bênção das Fogaças [Castelo]
15.30 horas – Tradicional Procissão das Fogaceiras (Castelo - Câmara Municipal - Praça Gaspar Moreira - Rua dos Descobrimentos - Rossio – Castelo).
sexta-feira, janeiro 18, 2008
QUEM PAGA?
A decisão de construir o novo aeroporto no concelho de Benavente não pode deixar de suscitar diversas perplexidades que dizem respeito a todos os portugueses.
A primeira é a seguinte: o Governo prepara-se para compensar os municípios abrangidos directamente pelo impacto da construção do aeroporto na Ota pelos prejuízos causados pela mudança da localização. E nós perguntamos: e como tenciona o Governo compensar os contribuintes pelos prejuízos que resultam do gasto, ao longo de anos, de milhões e milhões de euros em estudos, pareceres e candidaturas para a construção de um aeroporto que se confirmou agora ter sido muito mal estudado ao longo de décadas pela Administração Pública?
A segunda é a seguinte: como explica o Governo que num ápice tenha sido convencido por um estudo feito em três meses de que a localização na Ota era um desastre e que a localização em Benavente é melhor? É verdadeiramente surpreendente como um Primeiro-Ministro que repetiu à exaustão que estava tudo estudado e bem estudado, desde há décadas, e que não existiam alternativas, apenas numa semana tenha descoberto um estudo melhor e uma alternativa melhor.
A terceira é a seguinte: depois da catadupa de disparates que disse sobre o aeroporto na margem sul, como é possível continuara a dar mais do que meio chavo de valor e crédito às afirmações do ministro Mário Lino? Como é admissível que o ministro continue, impávido e sorridente a caminho do deserto onde não há escolas, hospitais, hotéis e gente?
A quarta é a seguinte: o que vai suceder à NAER? O sítio já se sabe, pifou. E o resto? E a despesa inútil que foi feita?
Poderíamos prolongar as perplexidades e as dúvidas.
Mas importa dizer o seguinte: o que sucedeu com o aeroporto constitui a maior machadada na credibilidade política do Governo e do Estado. Conclui-se que quando estuda o Estado estuda pouco, estuda mal, e, suspeita-se legitimamente, estuda muitas vezes por encomenda política.
Como sempre afirmámos, a decisão de construir e a decisão da escolha da localização de um novo aeroporto é, por natureza, eminentemente política. E foi-o, em todo o seu esplendor. A primeira e a segunda.
Há muita coisa para discutir sobre o aeroporto e para discutir politicamente. A discussão recomeça agora, ou melhor, começa, já que a propósito da Ota ela nunca chegou a fazer-se a este nível e prolongar-se-á, estamos certos, por vários anos. Não para reeditar a polémica oitocentista dos perigos do caminho de ferro, mas para decidir coisas tão acessórias como os interesses legítimos e os interesses ilegítimos, o modelo de desenvolvimento, a tal cidade aeroportuária e as consequências que todo este brutal investimento vai ter no futuro, não apenas do eixo Lisboa-Setúbal, mas em todo o país.
Durante décadas o país deixou andar a carruagem da Ota. Que não seja por dispormos agora de uma decisão melhor, que o país se demita de fazer a discussão que continua a ser necessária.
A primeira é a seguinte: o Governo prepara-se para compensar os municípios abrangidos directamente pelo impacto da construção do aeroporto na Ota pelos prejuízos causados pela mudança da localização. E nós perguntamos: e como tenciona o Governo compensar os contribuintes pelos prejuízos que resultam do gasto, ao longo de anos, de milhões e milhões de euros em estudos, pareceres e candidaturas para a construção de um aeroporto que se confirmou agora ter sido muito mal estudado ao longo de décadas pela Administração Pública?
A segunda é a seguinte: como explica o Governo que num ápice tenha sido convencido por um estudo feito em três meses de que a localização na Ota era um desastre e que a localização em Benavente é melhor? É verdadeiramente surpreendente como um Primeiro-Ministro que repetiu à exaustão que estava tudo estudado e bem estudado, desde há décadas, e que não existiam alternativas, apenas numa semana tenha descoberto um estudo melhor e uma alternativa melhor.
A terceira é a seguinte: depois da catadupa de disparates que disse sobre o aeroporto na margem sul, como é possível continuara a dar mais do que meio chavo de valor e crédito às afirmações do ministro Mário Lino? Como é admissível que o ministro continue, impávido e sorridente a caminho do deserto onde não há escolas, hospitais, hotéis e gente?
A quarta é a seguinte: o que vai suceder à NAER? O sítio já se sabe, pifou. E o resto? E a despesa inútil que foi feita?
Poderíamos prolongar as perplexidades e as dúvidas.
Mas importa dizer o seguinte: o que sucedeu com o aeroporto constitui a maior machadada na credibilidade política do Governo e do Estado. Conclui-se que quando estuda o Estado estuda pouco, estuda mal, e, suspeita-se legitimamente, estuda muitas vezes por encomenda política.
Como sempre afirmámos, a decisão de construir e a decisão da escolha da localização de um novo aeroporto é, por natureza, eminentemente política. E foi-o, em todo o seu esplendor. A primeira e a segunda.
Há muita coisa para discutir sobre o aeroporto e para discutir politicamente. A discussão recomeça agora, ou melhor, começa, já que a propósito da Ota ela nunca chegou a fazer-se a este nível e prolongar-se-á, estamos certos, por vários anos. Não para reeditar a polémica oitocentista dos perigos do caminho de ferro, mas para decidir coisas tão acessórias como os interesses legítimos e os interesses ilegítimos, o modelo de desenvolvimento, a tal cidade aeroportuária e as consequências que todo este brutal investimento vai ter no futuro, não apenas do eixo Lisboa-Setúbal, mas em todo o país.
Durante décadas o país deixou andar a carruagem da Ota. Que não seja por dispormos agora de uma decisão melhor, que o país se demita de fazer a discussão que continua a ser necessária.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
segunda-feira, janeiro 14, 2008
NOVA SONDAGEM
O prometido é devido. O Aveiro lança hoje nova sondagem, já disponível para participação dos leitores na barra lateral. Élio Maia vai recandidatar-se a novo mandato na Camara Municipal de Aveiro? Esta é a pergunta, cada vez mais pertinente, considerando o que se diz nos corredores do poder em Aveiro. Sobretudo nos corredores dos partidos da coligação que actualmente governa o município. É votar.
domingo, janeiro 13, 2008
UMA PALAVRINHA
Ao Miguel Pedro Araújo, que se desfiliou do CDS. Já passei pelo mesmo. Aqui fica uma palvrinha de compreensão e respeito.
sexta-feira, janeiro 11, 2008
EPÍSTOLA AOS DEUSES
(Ribau Esteves)
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo,
Permita-me esta liberdade de cidadão contribuinte, de me dirigir publicamente a V. Exa., esta ousadia jornalística de publicar esta modesta epístola nas páginas da imprensa.
Quero informar V. Exa. que lhe reconheço o direito à eternidade, o direito ao nome da rua, o direito à estátua na rotunda mais apropriada, até lhe reconheço o direito ao nome no estádio municipal (aqui apenas é de recomendar alguma cautela dados os exemplos nos concelhos contíguos sobre a despesa, é que as facturas, como se sabe, as maganas, chegam sempre…).
Não estão em causa os direitos, pois.
Também louvo a propensão de V. Exa. para a escrevinhação. Gosto de ler livros, e penso que todos devíamos escrever pelo menos um na nossa curta vida. Lá está: a árvore, o livro e o filho, o velho projecto de vida conservador….
Sabe que o considero, dentro dos parâmetros lusitanos, um bom autarca e já tive até oportunidade de comprovar pessoalmente que algumas das suas ideias gerais sobre a política, as autarquias e o país, são muito mais próximas das minhas do que as do seu partido. Mas lá está: também o direito de militar onde lhe aprouver lhe reconheço.
Soube que decidiu entretanto, verter a sua obra de autarca em livro. Quero felicitá-lo vivamente pela decisão. Escrever é responsabilizar, embora nos dias que correm já se tenha percebido que no PS e no PSD, o seu partido, muito do que se escreve não vale nada, porque apenas meses depois podemos constatar que fazem exactamente o contrário do que escreveram.
Em todo o caso, escrever e editar é bom. Os portugueses precisam de ler, há até um plano nacional de leitura e tudo quanto seja entreter a juventude com livros em prejuízo dos Morangos com Açúcar é uma obra de caridade.
Mas soube uma coisa que me deixou de pé atrás.
Li algures que o seu livrinho vai ser pago, vai ser pago, vai ser pago por quem? Pela autarquia!
Confesso que primeiro fiquei meio aparvalhado com o que me pareceu ser um dislate sobre o depauperado erário municipal. Depois pensei, ná…, é apenas intriga jornalística. Ou há editora metida ao barulho ou será uma edição de autor paga do próprio bolso.
Até porque já o estou a ver, caro autarca, na pele de Secretário-Geral do PSD a comentar uma eventual decisão de José Sócrates editar um livro com a sua cara na capa e sobre a sua obra no Governo a pagar pela rubrica dos Encargos Gerais da Nação do Orçamento do Estado. Estou mesmo a vê-lo a comentar…
Daí que não acredite. Os jornais são uns malandros… o que eles dizem. Faça lá a festarola de lançamento do livrito. Passei-se nas ruas. Fale ao povo. Discurse. Disfrute da obra. É justo. Mas veja lá quem paga esse prazer pessoal. É que o prazer não é assunto público, excepto como se sabe, o prazer de fumar o cigarrito.
Receba os cumprimentos e as saudações literárias deste humilde contribuinte.
Permita-me esta liberdade de cidadão contribuinte, de me dirigir publicamente a V. Exa., esta ousadia jornalística de publicar esta modesta epístola nas páginas da imprensa.
Quero informar V. Exa. que lhe reconheço o direito à eternidade, o direito ao nome da rua, o direito à estátua na rotunda mais apropriada, até lhe reconheço o direito ao nome no estádio municipal (aqui apenas é de recomendar alguma cautela dados os exemplos nos concelhos contíguos sobre a despesa, é que as facturas, como se sabe, as maganas, chegam sempre…).
Não estão em causa os direitos, pois.
Também louvo a propensão de V. Exa. para a escrevinhação. Gosto de ler livros, e penso que todos devíamos escrever pelo menos um na nossa curta vida. Lá está: a árvore, o livro e o filho, o velho projecto de vida conservador….
Sabe que o considero, dentro dos parâmetros lusitanos, um bom autarca e já tive até oportunidade de comprovar pessoalmente que algumas das suas ideias gerais sobre a política, as autarquias e o país, são muito mais próximas das minhas do que as do seu partido. Mas lá está: também o direito de militar onde lhe aprouver lhe reconheço.
Soube que decidiu entretanto, verter a sua obra de autarca em livro. Quero felicitá-lo vivamente pela decisão. Escrever é responsabilizar, embora nos dias que correm já se tenha percebido que no PS e no PSD, o seu partido, muito do que se escreve não vale nada, porque apenas meses depois podemos constatar que fazem exactamente o contrário do que escreveram.
Em todo o caso, escrever e editar é bom. Os portugueses precisam de ler, há até um plano nacional de leitura e tudo quanto seja entreter a juventude com livros em prejuízo dos Morangos com Açúcar é uma obra de caridade.
Mas soube uma coisa que me deixou de pé atrás.
Li algures que o seu livrinho vai ser pago, vai ser pago, vai ser pago por quem? Pela autarquia!
Confesso que primeiro fiquei meio aparvalhado com o que me pareceu ser um dislate sobre o depauperado erário municipal. Depois pensei, ná…, é apenas intriga jornalística. Ou há editora metida ao barulho ou será uma edição de autor paga do próprio bolso.
Até porque já o estou a ver, caro autarca, na pele de Secretário-Geral do PSD a comentar uma eventual decisão de José Sócrates editar um livro com a sua cara na capa e sobre a sua obra no Governo a pagar pela rubrica dos Encargos Gerais da Nação do Orçamento do Estado. Estou mesmo a vê-lo a comentar…
Daí que não acredite. Os jornais são uns malandros… o que eles dizem. Faça lá a festarola de lançamento do livrito. Passei-se nas ruas. Fale ao povo. Discurse. Disfrute da obra. É justo. Mas veja lá quem paga esse prazer pessoal. É que o prazer não é assunto público, excepto como se sabe, o prazer de fumar o cigarrito.
Receba os cumprimentos e as saudações literárias deste humilde contribuinte.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
terça-feira, janeiro 08, 2008
ÉLIO MAIA GANHA
Chega ao fim a sondagem sobre QUEM GOVERNA MELHOR?. Os resultados reflectem uma excelente participação dos leitores, não sendo de excluir alguma militância dos staffs dos dois Presidentes de Camara. Votaram 742 leitores, tendo ganho Élio Maia, com 385 votos, 52%, contra 357 votos em Ribau Esteves, 48%. O Aveiro agradece o interesse e a participação. Em breve será lançada nova iniciativa.
sexta-feira, janeiro 04, 2008
À FORÇA
Um dos temas que mais tem excitado os comentadores é a possibilidade de José Sócrates fazer ou não uma remodelação do Governo. Apontam candidatos a sair, dizem como Sócrates deve fazer, eles falam , falam, falam… e o Governo continua na mesma. E cheira-me que continuará na mesma.
Desde já convém notar que as remodelações dos Governos não passam de exercícios psicológicos de criação de efeitos especiais. Em última instância é o Primeiro-Ministro que é responsável pelo programa, pelas políticas e pelos membros da sua equipa.
Remodelar é disfarçar. Os Primeiros-Ministros costumam usar essa arma para salvar a pele e não para mudar o essencial.
Depois as remodelações dependem do feitio de cada um. Os jornalistas deliciam-se com a expectativa das remodelações. Dá para falar da intriga política dos corredores e dos bastidores, dá para tocar música, quase discos pedidos, para ilustrar a dança dos nomes, dá para escrever longos textos sobre os ministros que se acha que devem sair e os que se palpitam que podem entrar.
Evidentemente que ao cidadão comum esta conversa de remodelação para cá e para lá, diz pouco. Ou nada.
Mas, no caso vertente, impõe-se alguma memória. José Sócrates, que logo no início do seu mandato fez questão de mandar os portugueses “habituarem-se”, já teve de fazer várias remodelações. Campos e Cunha, lembram-se? Freitas do Amaral, lembram-se? Foram remodelações que ocorreram no Governo. Não foram desejadas pelo Primeiro-Ministro.
José Sócrates tem remodelado o Governo à força das circunstâncias. Ele está convencido e porventura bem que o país aprecia o género de político que se está nas tintas, em português vernáculo, para os comentadores e para os jornais e por isso aparenta estar determinado a seguir o seu caminho imperturbável e impassível para chegar às eleições com uma aura de firmeza, mão forte e carisma, que manifestamente tem de ir buscar aos factos já que de natureza não o tem.
A questão, para os eleitores, e a que verdadeiramente interessa é saber se querem ou não remodelar o Primeiro-Ministro nas próximas eleições. E para saber isso, os eleitores vão olhar para o lado e ver o friso das alternativas.
Quanto ao mais, desiludam-se: Sócrates só remodela à força. À força das circunstâncias. O melhor é analisarem as circunstâncias e não Sócrates.
Desde já convém notar que as remodelações dos Governos não passam de exercícios psicológicos de criação de efeitos especiais. Em última instância é o Primeiro-Ministro que é responsável pelo programa, pelas políticas e pelos membros da sua equipa.
Remodelar é disfarçar. Os Primeiros-Ministros costumam usar essa arma para salvar a pele e não para mudar o essencial.
Depois as remodelações dependem do feitio de cada um. Os jornalistas deliciam-se com a expectativa das remodelações. Dá para falar da intriga política dos corredores e dos bastidores, dá para tocar música, quase discos pedidos, para ilustrar a dança dos nomes, dá para escrever longos textos sobre os ministros que se acha que devem sair e os que se palpitam que podem entrar.
Evidentemente que ao cidadão comum esta conversa de remodelação para cá e para lá, diz pouco. Ou nada.
Mas, no caso vertente, impõe-se alguma memória. José Sócrates, que logo no início do seu mandato fez questão de mandar os portugueses “habituarem-se”, já teve de fazer várias remodelações. Campos e Cunha, lembram-se? Freitas do Amaral, lembram-se? Foram remodelações que ocorreram no Governo. Não foram desejadas pelo Primeiro-Ministro.
José Sócrates tem remodelado o Governo à força das circunstâncias. Ele está convencido e porventura bem que o país aprecia o género de político que se está nas tintas, em português vernáculo, para os comentadores e para os jornais e por isso aparenta estar determinado a seguir o seu caminho imperturbável e impassível para chegar às eleições com uma aura de firmeza, mão forte e carisma, que manifestamente tem de ir buscar aos factos já que de natureza não o tem.
A questão, para os eleitores, e a que verdadeiramente interessa é saber se querem ou não remodelar o Primeiro-Ministro nas próximas eleições. E para saber isso, os eleitores vão olhar para o lado e ver o friso das alternativas.
Quanto ao mais, desiludam-se: Sócrates só remodela à força. À força das circunstâncias. O melhor é analisarem as circunstâncias e não Sócrates.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
quinta-feira, janeiro 03, 2008
POIS!
"Hoje de manhã, na TSF, dava-se conta da existência de salários em atraso na Moveaveiro, a empresa municipal de transportes de Aveiro. Um responsável da empresa disse existirem “várias razões” mas (atenção!) que a principal residia na falta de “comparticipação por parte da administração central”. Logo, parece que o problema principal desta empresa não será uma eventual desadequação na estrutura de custos ou no preço cobrado aos utentes do serviço. O problema é não existir ninguém para cobrir os défices de exploração. Os trabalhadores com salários em atraso que vão pedir contas ao governo. A Câmara de Aveiro está isenta de responsabilidades."
Miguel Noronha, em O Insurgente.
quarta-feira, janeiro 02, 2008
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